segunda-feira, 21 de março de 2011

Crise no Iêmen se agrava e ditador perde apoio no governo e no Exército

Militar é carregado pela multidão após desertar.

O ditador iemenita, Ali Abdullah Saleh, perdeu apoios importantes nesta segunda-feira, 21, dentro do governo. O número dois do Exército, general Mohamed Ali Mohsen, anunciou em um vídeo publicado na rede de TV Al-Jazira que aderiu à revolução popular. 30 deputados do partido de Saleh abandonaram o governo, ainda de acordo com o canal.

Além de Mohsen, mais dois generais - Mohammed Ali al-Ahmar, comandante do leste, e Hamid al-Qosheibi, da região de Amran, se juntaram aos revoltosos. "Anunciamos nosso apoio pacífico à revolução dos jovens e executaremos nosso dever de garantir a segurança e a estabilidade da capital", disse Mohsen. "O Iêmen enfrenta uma grave crise, resultado de práticas ilegais e inconstitucionais".

O ministro da Defesa iemenita, no entanto, permanece leal a Saleh. "As forças armadas permanecerão fiéis ao juramento que fizeram ante Deus, a nação e à liderança política do presidente Ali Abdullah Saleh", disse . "Não permitiremos de maneira alguma uma tentativa de golpe contra nossa democracia e a Constituição".

Tanques do Exército estão a caminho da capital Sanaa, para proteger os opositores, que há mais de um mês protestam pela renúncia de Saleh. Na última sexta-feira, ao menos 51 pessoas morreram na repressão às manifestações após Saleh decretar estado de emergência no país. No domingo, o presidente demitiu o gabinete, para tentar amenizar os protestos.

Saleh governa o Iêmen desde 1979, quando o país ainda era dividido entre norte e sul. Após a unificação, ele se manteve no poder com o apoio dos EUA. (Agências)

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