segunda-feira, 21 de março de 2011

Abaixo a violência e a intolerância do imperialismo xenófobo


Desgastado internacionalmente por causa das invasões militares e internamente pelo alto custo da guerra, que cada vez mais pesa nos não investimentos sociais em um país que passa por uma profunda crise econômica, os EUA, que tenta mudar a sua imagem, como demonstra a visita do Obama ao cone sul das Américas, estes tentam fugir do estigma e não aceitando o comando, pois este afeta ainda mais a sua imagem,passarão comando do ataque à Líbia aos europeus.


Os países europeus, saudosos dos períodos coloniais e neocoloniais, que tanto poder, riqueza, prosperidade e luxo lhes trouxeram assustados com o avanço das crises políticas econômicas internas e externas, como pela forte presença imigratória e migratória árabe mulçumana dentro do continente europeu, passam por uma onda chauvinista intervencionista. As bases depauperadas do Islã radicalizadas se levantam nas ruas contra as suas elites, sendo estas historicamente oriundas das alianças com o poder bélico neocolonial europeu, que depois da segunda guerra passaram para o controle militar da aliança sobre o comando hegemônico dos EUA na Otan. Tudo isto tem origem na dependência energética, na manutenção de mercados cativos e na estratégia da manutenção de nacionais confiáveis no poder como forma de conter a sublevação das massas contra a atual política econômica internacional globalizada vigente, que é geradora de tantas desigualdades.

O que mais apavora os EUA, além dos 12 milhões de imigrantes legais ou ilegais estarem lá dentrode suas fronteiras e sem empregos, é o fato que a crise econômica interna e a também conseqüente falência dos grandes mercados ocidentais, já que a economia mundial é globalizada, somados ao preço pago pela manutenção do atual status imperial internacional faz com que a sua expansão, necessidade intrínseca da própria natureza do sistema, onde a prosperidade, que dentro do capitalismo não é e não pode ser para todas nações pela sua natureza chauvinista, seja interrompida nas disputas internas e externas de mercado, cada vez mais intensas. Com uma melhor distribuição internacional de renda o padrão de vida dos nacionais nas potências militares econômicas teria de ser reduzido, o que internamente implicaria em medidas cada vez mais recessivas e politicamente desestabilizadoras.

As instabilidades internas, onde as elites nacionais destas potências não abrem mão da atual divisão de riquezas como também não abrem mão das políticas monetaristas deste processo neoliberal de acumulação, que em nada difere das externas faz com que o processo de militarização dos blocos aumentem, o que futuramente poderá pela divergência de interesses causar choques frontais entre as próprias potências hoje alinhadas em bloco. Para as elites locais em primeiro estão colocados os seus mercados nacionais. É latente o estado de contradição entre estes mercados nacionais, pois em cada país a extrema direta avança.

Na Europa ocidental nos EUA cada vez mais os discursos xenóbicos aumentam de tom junto com a perseguição aos imigrantes ilegais e legais, pois mesmo o que legalmente estão dentro destas fronteiras não são vistos como iguais. Mesmo após várias gerações Os imigrantes e seus descendentes mesmo após várias gerações não se sentem incluídos e estes guetos se rebelam, o que leva a extrema direita racista a agir com violência como forma direta de intimidação.

A não muito tempo atrás na Alemanha “democrática” a chanceler Angela Merkel na prática decretou a morte do multiculturalismo e o incentivo a intolerância em seu discurso proferido no dia 17 de outubro de 2010. Ela afirmou que “foi uma ilusão pensar que imigrantes poderiam manter sua própria cultura e viver lado a lado com os alemães e que “esse projeto falhou completamente".

Na França, mesmo sofrendo profundas críticas da comunidade internacional, o governo Sarkozy expulsou ciganos e nos bairros pobres reprime e exclui socialmente os mulçumanos, mantendo estas comunidades como guetos.

Na Itália o Berlusconi, que é o homem forte da fascista Liga do Norte, disse quando assumiu o poder: "Um das primeiras coisas que eu farei é fechar as fronteiras e levantar mais acampamentos para identificar cidadãos estrangeiros que não têm trabalho e são forçados a entrar na vida do crime". Ele depois afirmou: “uma redução dos imigrantes de fora da União Europeia (UE) significa menos forças a engrossar as fileiras dos criminosos”.

Na “Espanha o “internacionalista socialista” Zapatero afirmou para o jornal “El Pais”: “o governo pretende deportar na medida do possível os 250 mil imigrantes ilegais, que vivem atualmente na Espanha”.

Nos demais países da Europa Ocidental o discurso chauvinista é o mesmo.

Na Europa, pouco importando se são imigrantes árabes mulçumanos, tribalistas africanos ou católicos latino americanos a persequição é a mesma e estes são apenas bodes expiatórios, que canalizam a desconfiança popular e temores da crise econômica sevem para desviar o foco do que realmente está acontecendo e de que são os reais responsáveis, no caso as elites locais, dando um falso rosto para o que está acontecendo de errado nestes países. Enquanto as populações nacionais odeiam os imigrantes os corruptos governantes de plantão são poupados. Estes imigrantes ou seus descendentes são em grande parte hoje são os responsáveis diretos pela pujança econômica que estes países tiveram após a Segunda Guerra, como foram eles (turcos, marroquinos, etc.) que sendo usados como mão de obra barata reconstruíram estas nações.

Além dos processos políticos nos páises onde a oposição ao imperialismo assumiu o poder, como nos casos dos países latino americanos, o Oriente se levanta, mas o maior agravante para o aumento do risco de colapso econômico nestas potências ocidentais é a guerra de mercado hoje capitaneada pela China, que além de ser a maior compradora de commodities se torna a maior exportadora de produtos industrializados, e isto fecha ainda mais as possibilidades para a expansão do capitais dos EUA e da Europa, o que faz com que aumente ainda mais pela disputa as contradições internas neste bloco, tanto pela manutenção dos velhos mercados, como pela ampliação de novos. Neste quadro ecxcludente até os países europeus capitalistas periféricos pagam um alto preço, pois tal qual nós os seus projetos de desenvolvimento estão pela globalização atrelados aos das grandes potências econômicas.

A maior parte das ditaduras estabelecidas nos países dito mulçumanos, que hoje as populações nacionais nas ruas questionam o poder e por isto são barbaramente reprimidas, estão sob o controle de potentados subservientes aos EUA e a Europa, mas o “Kadafi e o Irã são os responsáveis diretos por tudo o que acontece de mal lá pelas bandas do Oriente, na África com aqui no resto do Ocidente”. Neste discurso até parece que as vitimadas populações dos países periféricos são o “eixo do mal”.

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