quarta-feira, 23 de março de 2011

Obama descarta invadir a Líbia para forçar saída de Gaddafi

O presidente americano, Barack Obama, rejeitou nesta quarta-feira uma invasão terrestre da Líbia para forçar a saída do ditador Muammar Gaddafi, enquanto as forças da coalizão internacional mantêm, pelo quinto dia consecutivo, intensos ataques aéreos contra alvos militares no país do norte da África.

Em entrevista à rede de TV Univision, ao ser questionado a respeito de uma invasão por terra, Obama disse que esta alternativa está "totalmente fora de questão".

Na semana passada, Obama já havia dito que não tinha nenhuma intenção de enviar tropas terrestres à Líbia, e as novas declarações reforçam esse ponto de vista. O presidente disse ainda que a administração não pedirá fundos extras ao Congresso para financiar as operações aéreas, mas que deve utilizar recursos já aprovados anteriormente.

Vários membros do Congresso --entre eles vários representantes do Partido Democrata-- questionam a pertinência da participação americana no conflito.

"Demos início a uma ação militar ao mesmo tempo em que não temos uma política diplomática clara, nem uma política externa clara em relação à Líbia", disse o senador democrata Jim Webb, acrescentando que o governo de Obama "não compreende bem a ação rebelde que tenta depor Gaddafi", há 42 anos no poder.

"Nós sabemos quais as intenções [dos rebeldes]?". Eles seriam capazes de governar? A resposta é: nós não sabemos", disse Webb.

Obama disse ainda que os EUA irão deixar de lado o papel de liderança na campanha internacional, que visa impedir que Gaddafi ataque civis líbios.

Perguntado sobre qual será a estratégia americana de saída do país, o presidente americano respondeu: "A estratégia será executada nesta semana, deixaremos aos poucos as ações concretas, mas continuaremos a desempenhar um papel de apoio".

"Providenciaremos inteligência e outros recursos, mas esse é um esforço internacional que visa cumprir os objetivos definidos pela resolução do Conselho de Segurança da ONU", afirmou ainda Obama.(Reuters)

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