quarta-feira, 23 de março de 2011

Enquanto a mídia daqui se derreteu em elogios ao Obama a imprensa do Chile pediu ações concretas após visita ao país


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deixou o Chile nesta terça-feira em meio a cobranças da imprensa local, que se queixou da falta de anúncios concretos durante sua visita ao país.

“Obama lança novo acordo com América Latina sem planos concretos de cooperação”, publicou o jornal La Tercera em sua manchete.

O artigo fez referência ao discurso direcionado a todos os países latino-americanos que o presidente americano fez em Santiago, no qual propôs uma “aliança igualitária” com a região e ressaltou seus avanços democráticos e sociais.

Na rádio Cooperativa, comentaristas disseram que foi uma omissão “séria” o fato de Obama não ter citado todos os países da América do Sul no discurso, excluindo Venezuela, Equador e Bolívia.

Passado do Chile

Outra critica dos comentaristas foi em relação à resposta de Obama em uma coletiva, quando jornalistas lhe perguntaram se pediria “perdão” pela “participação” dos Estados Unidos no golpe de Estado de 1973 no Chile, que levou à morte do presidente Salvador Allende e à ascensão do general Augusto Pinochet ao poder.

Na ocasião, Obama respondeu que não se pode ficar “preso ao passado”, mas afirmou que os Estados Unidos estão dispostos a cooperar divulgando informações sobre a participação do governo americano no incidente.

“Concordo que não devemos ficar presos à história, mas também não devemos ser omissos”, disse Jorge Arrate, ex-candidato a presidente.

Nesta terça-feira, o americano está em El Salvador, última parada da viagem latino-americana que começou no Brasil (em Brasília, no sábado, e no Rio de Janeiro, no domingo). (BBC)

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