quinta-feira, 17 de março de 2011

Bloqueadores na Assembleia não eram os licitados. E eram novos ....

O diretor do Instituto de Criminalística do Paraná, Carlos Lima, disse, nesta quarta-feira, na reunião da CPI dos Grampos, que nenhum dos aparelhos bloqueadores de celular licitados pela Assembleia na Legislatura passada está entre o equipamento encontrado na varredura feita nos gabinetes da Casa na primeira semana de fevereiro.

Lima disse que ainda não há um laudo conclusivo, mas que os aparelhos encontrados aparentam serem novos. O perito promete para até o final de semana uma resposta sobre a funcionalidade dos aparelhos. “Essa informação é fundamental para a continuidade da CPI, que será pautada pelo laudo que será entregue pela policia científica”, afirmou o relator da comissão, deputado Mauro Moraes (PSDB).


O tucano teme um possível descrédito da CPI sem respaldo da polícia científica. “Nosso trabalho será baseado no laudo da perícia, por isso depositamos toda nossa confiança no Instituto de Criminalística. Não podemos continuar a investigar sem o laudo”, explicou.

Além do perito, a CPI também ouviu nesta quarta-feira um dos proprietários da Embrasil, Jeferson Nazário. A empresa, que atualmente possui contrato com a Casa para a segurança patrimonial, foi responsável pela varredura nas dependências do Legislativo no inicio de fevereiro. Segundo o empresário, a Embrasil também não tem como avaliar a funcionalidade do material apreendido.

“A massa que fixou os aparelhos no teto ainda estava molhada. Isso é coisa de semanas, se fossem aparelhos instalados no ano passado, já estaria enrijecido”, disse o presidente da CPI, Marcelo Rangel (PPS). “Não há mais dúvidas de que são aparelhos ilegais, diferentes dos licitados e que estavam camuflados. Aparelhos legais não precisam ser escondidos”, acrescentou.

Rangel, disse ainda que, no depoimento desta quarta-feira, o perito da empresa Embrasil informou que a central telefônica da Assembleia estava adulterada, com vários fios abertos e a possibilidade de outros telefones serem grampeados. “O grampo clássico está comprovado, ninguém contestou essa denúncia. Sugerimos até que os peritos da Embrasil visitem os gabinetes de todos os deputados”, disse.

Convocação

Segundo o presidente da comissão, o empresário Marcos Aurélio Menestrina, dono da empresa vencedora da licitação para compra de um aparelho bloqueador de grampos será convocado judicialmente para depor na CPI, já que não compareceu na reunião desta quarta-feira.

Para a próxima semana, também deverá ser convocado o ex-diretor administrativo da Casa, Eron Aboud, responsável pela assinatura da licitação para a aquisição do sistema anti-grampo, desaparecido desde a data da sua compra. (O Estado do Paraná)

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