quinta-feira, 17 de março de 2011

JAPÃO: O IMPERADOR FALOU, MAS NADA DISSE SOBRE A CORRUPÇÃO CAUSADORA DA CONTAMINAÇÃO RADIOATIVA!!!! ....BANZAI!!!!!


O governo japonês, herdeiro direto do antigo xogunato escravagista, sempre vendeu a idéia de ser o “pai presente” a “harmonizar a vida” daquele povo digno e obreiro, o que é uma corruptela, não do positivismo do Augusto Conte, mas sim da vassalagem ou serviçalismo ao imperador, “Deus vivo”, enquanto forma a unidade simbólica de poder para a manutenção da “unidade nacional”.

A sociedade japonesa é capitalista, mas não moralmente e eticamente burguesa, mas que a muito tempo deixou de seguir o Bushidô, na crise pós terremoto/tsunami, agora de risco nuclear, com a perda da crença do “pai de braço forte mão amiga), pois está abandonado no frio e sofrendo os flagelos da fome e da sede, dos profundos abismos do xogunato trás de volta o velho monstro e até os kamikazes ressurgem. No esforço humanamente inútil , Já que estas operações nos levam a aquela história do beija flor tentando apagar o incêndio na floresta com a água transportada em seu pequeno bico, 180 bravos homens voam para a morte para jogar água em reatores nucleares destroçados. Sendo que estes Leviatãs, tanto pela corrupção, já que a Tókio Electric Power a muito está exposta a diversos escândalos envolvendo corrupção, o que nos faz pensar se estas usinas não são apenas modernos Titanics, de cujas gabines de comando são controlados por mentirosos mafiosos, como pela mentira assassina, já que não assumir o grau de perigo leva como gado a “dócil” e disciplinada população, sem direto a defesa, para o abatedouro da contaminação.

Os grandes aliados, França, Alemanha e EUA,que é quem vendeu este lixo atômico, fora outras potências nucleares, como a Rússia,foram obrigados a dizer que o governo japonês está mentindo ao não assumir o alto risco em que vive o povo deste novo Chernobyl .



Com o aumento da descrença por parte destes flagelados em relação ao poder do “moderno estado samuray”, já que banzai continua a ser gritado nas bolsas de valores pelos neo-xoguns, a elite política e econômica japonesa, a mesma que é responsável por todas estas atuais mazelas sociais expressas no desamparo a população,conclama tanto pelos deuses de Kyoto, como pela figura mitológica do aposentado imperador, a unidade nacional, mas unidade em torno do que? Do caos causado pela corrupção e pela mentira assassina?






HISTÓRICO DA TEPCO

No dia 4 de Julho de 2000, os dirigentes da empresa nem imaginavam o que estava para acontecer. Do outro lado da linha, um responsável do então Ministério do Comércio Internacional e Indústria do Japão solicitava informações sobre problemas encontrados numa inspeção de rotina ao reator -1 da central de Fukushima-Daiichi, a mesma que agora está no centro da crise nuclear do Japão. O pedido foi formalizado por carta cinco meses depois, em Dezembro. E, nesta altura, o Governo, que antes “nada viu ou fiscalizou”, queria que a Tepco verificasse também denúncias de irregularidades feitas por um técnico da General Electric (GE), que por não estar envolvida nas maracutaias tudo viu.

Tanto a Tepco como o Governo iniciaram inquéritos. No final de Agosto de 2002 a agência japonesa de segurança nuclear concluiu que, desde os anos 1980, havia uma prática sistemática de ocultar problemas detectados nas inspeções à central de Fukushima, nisto incluindo fissuras nas estruturas dos reatores. Os problemas, segundo o Governo, que antes “nada viu”, não punham diretamente em causa a segurança da central. Mas a falsificação dos documentos e a ocultação de dados eram suficientemente graves. A Tepco , como se isto resolvesse está questão grave do ponto de vista do risco coletivo, como também se isto apagasse os casos de corrupção, admitiu tudo e “desculpou-se publicamente”, apenas para descobrir, um mês mais tardeo que estava também encoberto , os mais oito casos de omissão de informação sobre problemas nos tubos de circulação primária da central de Fukushima. Dias depois da divulgação do resultado
do inquérito, a empresa anunciou a demissão dos seus dirigentes, o seu presidente e outros 35 diretores, superintendentes e técnicos também foram afastados dos seus cargos ou sofreram cortes nos salários, mas ninguém foi preso e estes foram substituídos por outros dirigentes oriundos da própria empresa, pelos que antes também “nada sabiam” .

Todos os 17 reactores nucleares da Tepco, não apenas os seis de Fkushima-Daiichi , foram encerrados para inspecções de segurança, que se estenderam até Abril de 2003. Cerca de 3000 residentes à volta de Fukushima processaram a empresa, por ter mentido.

Os problemas da Tepco não ficaram por aí. Em 2006 a empresa encontrou dados falsificados sobre a temperatura da água de refrigeração de Fukushima-Daiichi em 1985 e 1988. E em 2007, um sismo de magnitude 6,8 provocou um incêndio noutra central nuclear - Kashiwazaki Kariwa, a maior do mundo. Embora o acidente “não tenha tido grandes conseqüências” (?), o Governo admitiu que não tinha avaliado bem o risco sísmico antes da aprovar a construção da central, confiando em dados da própria Tepco, de 1970. segundo a agência noticiosa Bloomberg.

TECNOLOGIA ULTRAPASSADA E PERIGOSA

As explosões e as fugas radioativas de agora em Fukushima são mais um episódio a somar no histórico da Tepco, uma das maiores empresas mundiais do setor elétrico. A causa foi externa e brutal: um sismo de magnitude 9,0 e um avassalador tsunami. Mas é a tecnologia utilizada nos reatores de Fukushima é que é agora colocada em dúvida. Os reatores da central foram construídos pela GE, que os desenvolveu na década de 1960, sendo, portanto, tecnologia ultrapassada. Documentos apresentados pelo New York Times reveleram que, nas décadas de 1970 e 1980, membros da agência regulatória da energia atômica nos Estados Unidos manifestaram preocupação quanto ao equipamento da GE, alegando maior risco de provocar explosões em caso de sobreaquecimento do combustível nuclear.

Um porta-voz da GE citado pelo New York Times disse que a tecnologia tem "um registro de mais de 40 anos de segurança e confiabilidade". Independentemente da sua responsabilidade, ou da “confiabilidade” dos detentores da tecnologia norte americana, aos quais os seus dirigente corruptamente se associaram, a Tepco já está a enfrentando os efeitos dos problemas novamente verificados em Fukushima.

Em dois dias, as ações da empresa caíram 42% e com certeza irão cair ainda mais, pois futuramente a empresa terá pagar indenizações pelos efeitos do acidente.

O omisso e conivente primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, agora quer vender a imagem de que “está furioso por não ter sido informado imediatamente do que se passava na central, depois da explosão e do que ocorreu nos demais reatores”, mero factóide, pois com certeza ele sabia de tudo antes que acontecesse, pois o conivente e corrupto governo sabia muito bem de que o Japão sempre estará sujeito a este tipo de catástrofe ambiental, como sabia dos problemas técnicos nas usinas, tanto os de origem com o dos desgastes por mais de 30 anos de uso nestes reatores inaugurados entre 1970 e 1979, Criminosamente muitas empresas querem prolongar a vida útil das suas centrais atômicas.

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