terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Freire pede apuração do MPF sobre escândalo envolvendo o programa Segundo Tempo

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), defendeu que o Ministério Público Federal (MPF) realize uma investigação minuciosa em todo o país sobre a denúncia de que a ONG Bola Pra Frente, ligada ao PCdoB e dirigida por uma vereadora do partido, cobrou "pedágio" de prefeituras municipais para implementar o programa Segundo Tempo, do governo federal. A revelação foi feira pelo jornal O Estado de São Paulo do último fim de semana. O escândalo envolve o Ministério do Esporte, pasta comandada pelo Partido Comunista do Brasil, e entidades parceiras ligadas à agremiação.

Tem que apurar, e a reportagem está cheia de elementos para a abertura de uma investigação, porque o repórter viajou, viu a situação lamentável do que deveria ser o programa do governo e levantou as ilegalidades cometidas pela ONG, as cobranças vergonhosas às prefeituras, afirmou Roberto Freire. Ele lamentou que o PCdoB seja sujeito desse escândalo, porque partido comunista é uma coisa bem mais séria. Mas depois do PT no governo até isso desandou.

Aloprados

O deputado ironizou, ao chamar os responsáveis pelos repasses e pela cobrança de taxa de sucesso de aloprados, numa referência ao desabafo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante episódio da compra de dossiê contra o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, em 2006. Esse é um problema político das alianças do governo, de seus aloprados, disse Freire. De acordo com o Estado de S. Paulo, somente em 2010, ano de eleições, os contratos com entidades que, em tese, desenvolveriam o programa, chegou a R$ 30 milhões. O que aconteceu, no entanto, foi que 60 mil crianças carentes que deveriam ser atendidas ficaram sem infraestrutura para o programa, merenda, uniformes e todos os equipamentos para a prática das diversas modalidades esportivas.

O que deve ser considerado, diz Freire, não é se trata-se ou não de fogo amigo. Importante é que a denúncia do "Estadão" tem dados que demonstram processos de malfeitorias que precisam ser investigados a bem da moralidade, de um mínimo de seriedade que deve haver em um governo. Para o deputado, ou se apura as ilegalidades ou não se fala mais em respeito à sociedade, aos estudantes que receberam merenda com prazo de validade vencida, que ficaram sem as quadras de esporte, nem em respeito também aos municípios que pagaram por um programa que não deveria ter lhes custado nada a mais, não fosse o aparelhamento do Ministério e a distribuição do dinheiro público a companheiros.

Fonte: PPS

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