Eu, como telespectador diário dos telejornais da manhã, senti as profundas mudanças no “Jornal da Massa", que não ocorreram somente no nome, agora “Jornal da Manhã”, e no cenário clean, mas sim na formatação e no conteúdo.
Passar do nome de “Jornal da Rede Massa” para “Jornal da Manhã”, ou mudar o cenário pouco importa, mas mudar o conteúdo e a dinâmica da apresentação das notícias muda tudo. De um debate desengessado, democrático, onde os articulistas apresentavam a sua verdadeira opinião, muitas vezes divergentes, contraditórias e até divertidas, para uma formatação engessada. Agora o âncora Denian Couto, transformado em mero leitor do telepronter, “impõe” no discurso o ponto de vista dos donos da emissora. Isto foi uma mudança muito radical em relação ao conteúdo, já que o contraditório foi eliminado, o que deixa o telejornal empobrecido em relação ao debate das idéias, que pelo jeito não ocorrerá mais.
Para mim estas mudanças implicam em um alinhamento da emissora a um determinado posicionamento político, e pelo conteúdo do telejornal exibido hoje, será abertamente anti-governo estadual. Como começamos a viver um período pré-eleitoral isto é sintomático ao mostrar que para emissora o central é induzir de forma maniqueísta a informação a um determinado rumo. Antes os polêmicos Ogier Buchi, Ruth Bolognese, Denian Couto, Paulo Martins e Ernani Buchmann, cada um com seu ponto de vista político ideológico, eram que dava de forma apimentada o tom, mas pelo jeito o debate entre as idéias não ocorrerá mais, e isto não é bom. Do ponto de vista do conteúdo quem perde são os telespectadores, que a partir de agora terão uma informação monocórdia de pior qualidade.
0 comentários :
Postar um comentário