segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A folia dos Garibaldis e Sacis


No próximo domingo o alegre e irreverente Bloco Carnavalesco Garibaldis e e Sacis saí as ruas com o "bloco dos sujos". Nesta festa do "invertido", pela imediação do Largo da Ordem, homens irão desfilar vestidos de mulher e mulheres vestidas de homem . Assim este cortejo do Momo vai encerrar as festividades que se repetem no Largo da Ordem há 12 anos, durante os quatro finais de semanas que antecipam o carnaval.

Para quem é de fora:

O Largo da Ordem fica no Centro Histórico de Curitiba. Entre outros pontos turísticos ele abriga importantes locais para a história da cidade como a Casa Romário Martins, o Memorial de Curitiba, a Casa da Memória, a Igreja da Ordem. A rua é inteira de paralelepípedos, remetendo a uma Curitiba dos primórdios. Todo domingo lá é instalada a Feira do Largo da Ordem, local de exposição e venda de artesanato e obras de arte. No Largo existe vida noturna (bares, restaurantes, etc.).

História do Bloco Garibaldis e Sacis

O Bloco carnavalesco Garibaldis e Sacis teve início em 1998, através de uma provocação do animador cultural Itaércio Rocha, hoje presidente da Associação Recreativa Cultural Amigos do Garibaldis e Sacis (ARCAGS), fez ao Programa Samba de Bamba, apresentado pelo jornalista Rodrigo Brownie, na Rádio Educativa.

Itaércio deu um grito de carnaval convidando as pessoas a se reunirem nos domingos pré carnavais para brincar, esta festa bastou para motivar grupo de amigos e foliões a se encontrar para planejar a festa do ano seguinte.

Em 1999, pessoas ligadas à FAP (Faculdade de Artes do Paraná), ao Mundaréu, grupo musical envolvido com o bloco, ao Conservatório de MPB e ao Teatro de Bonecos, encontram-se rotineiramente aos domingos de janeiro no Saccy Bar, localizado no centro-histórico de Curitiba, a fim de organizar a festa. A partir daí reuniões registradas em atas foram realizadas e também elegeram o nome do bloco. Garibaldis e Sacis foi o nome proposto pela bonequeira Olga Romero como alusão, e também homenagem, ao itinerário idealizado pelo bloco. O ponto de partida seria o Saccy Bar e o ponto final do trajeto a Praça Garibaldi.

Desta forma, o bloco desfilaria pelas ruas, convidando as pessoas a participar, além de se mostrar como tentativa de resgatar o carnaval antigo de rua, o carnaval de blocos e marchinhas.
A concentração era o momento de apresentação de novas marchinhas, pesquisas de confecção de máscaras e adereços. Nos primeiros anos essa concentração inicial era realizada na casa de um dos integrantes do bloco que depois iam ao Largo da Ordem, no Centro Histórico de Curitiba, fantasiados, mascarados, com corpos pintados e repletos de ornamentos, improvisando cantigas em ritmo de marchinha, cantando, tocando e brincando o pré-carnaval com muita música e diversão.

Ao longo dos 12 anos de existência, o Garibaldis e Sacis sofreu várias transformações que o ajudaram a construir e organizar uma estrutura capaz de acolher os foliões e seguidores que a cada domingo aumentava mais, a começar pela questão do som. No primeiro ano as marchinhas foram cantadas no gogó mesmo, na garganta. A primeira evolução foi um megafone, trazido por Gerson Guerra, pai da Agendarte, seguida pela “Charanga do Rosinha”, um carrinho de supermercado improvisado e adaptado com equipamentos que garantiam a distribuição do som na festa. Toda essa parafernália logo recebeu uma plataforma, um som mecânico alimentado por bateria e dois microfones, era a sofisticação tecnológica transformando o improviso em uma máquina de som e alegria.

Aos poucos, o bloco desfilava nas ruas e despertava a atenção dos populares, que se divertiam e seguiam, cada vez em maior número, aquele cortejo animado, muitas vezes designados como “malucos”. Paralelo ao crescimento do bloco, o aparato de som também se desenvolveu. O músico Ricardo Janoto “o Rosinha”, mesmo criador do invento com o carrinho de supermercado, levou para as ruas do Centro Histórico da Cidade uma Kombi equipada com som, que ajudou a fazer a festa até 2008.

Nos anos seguintes, o bloco, com a ajuda financeira dos próprios foliões, contratou uma Kombi, provida de equipamentos de som, que funcionou como mini trio-elétrico, ecoando pelas construções do centro antigo da cidade. O desfile iniciava por volta das 13 horas, na tentativa de aproveitar o público que se dirigia até o Largo da Ordem para fazer compras ou passear pela famosa Feirinha de Domingo e terminava com um grande Cacuriá, em que todos participavam.

Com o aumento do número de foliões que seguiam o bloco e um entrave referente ao horário da missa de domingo na Igreja São Francisco, coincidia com o horário de saída do bloco, que foi adiado para às 15h30, e o ponto de partida alterado para a frente do Memorial da Cidade de Curitiba, também no Largo da Ordem. No decorrer dos anos o Garibaldis e seus foliões começaram a realizar, periodicamente, sambas de mesa em frente ao Conservatório de MPB, no bar do Cícero, bar conhecido hoje como Brasileirinho.

Além dos sambas de mesa, o Garibaldis e Sacis resultou em outras duas festas populares, que, agora, ocorrem todos os anos: O Arraial da Anita, uma festa com temática Junina (quadrilha, batuques e fandangos), fora de época, realizado de maneira comunitária e, o Sarau do Saci, evento em que artistas da cidade apresentam suas poesias, músicas e histórias/contos, em frente ao relógio das flores, no centro histórico de Curitiba, uma celebração da primavera aberta ao grande público mas com forte foco na infância, pois nela são homenageados o Dia de Cosmo e Damião, Dia das Crianças e Dia da Padroeira Nossa Senhora Aparecida.(agitocuritiba)

O BLOCO NA RUA:











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