terça-feira, 30 de agosto de 2011

PPS pede que Comissão de Ética se pronuncie sobre viagens de Paulo Bernardo


O PPS apresentou, nesta terça-feira, denúncia contra o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, na Comissão de Ética Pública da Presidência. Segundo o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), vice-líder da Minoria na Câmara, o partido quer que a Comissão de Ética avalie se o ministro poderia ter usado aeronaves de empresas privadas que fazem obras financiadas pelo governo federal.

Jordy lembrou que, nos últimos dias, foram publicadas informações de que Paulo Bernardo, quando era ministro do Planejamento do governo Lula, usou aeronaves da empreiteira Sanches Tripoloni e do empresário Roque Veviurka, dono da Bravex, empresa ligada ao agronegócio e à construção de imóveis de luxo. Reportagem do GLOBO publicada na semana passada revela que Paulo Bernardo teria utilizado o avião no deslocamento para o município de Guarapuava (PR). O ministro foi filmado ao lado do Seneca prefixo PT-WTS. Cópia da fita foi entregue à comissão pelo PPS.

- Devido a essas denúncias, estamos aqui na Comissão de Ética pedindo providências para saber se isso fere o código de ética do servidor público, que normatiza o comportamento do servidor público no tratamento com a iniciativa privada. Não podemos simplesmente assistir a essa onda de denúncias e de escândalos. Não queremos fazer pré-julgamento. Por isso, queremos saber do ministro Sepúveda Pertence (presidente da comissão) se esse procedimento, sendo verdadeiro, agride o código de ética, que diz o que é permitido e o que é ilícito - afirmou.

O deputado disse que, após a avaliação da comissão, o PPS tomará as providências necessárias. A comissão vai se reunir no próximo dia 12 de setembro, quando deverá analisar a denúncia do PPS.

- Devido à reincidência dessa prática, considerada normal, é que estamos pedindo providências. Se isso for caracterizado (como irregular), a situação (do ministro) fica muito complicada, porque a presidente não tem tolerado manifestação evidente como essa, mas não queremos fazer prejulgamento - disse o deputado, acrescentando:

- O que agrava essa situação é que parece que os proprietários dessas empresas têm negócios com o governo e aí começa a ter uma relação supostamente de promiscuidade. Aí parece que tipifica o ilícito praticado. (O Globo)




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