terça-feira, 30 de agosto de 2011

Após muita pressão popular vereadores de Londrina "desistem" da proposta de 21 cadeiras

A pressão da opinião pública, que cresceu na semana passada com a divulgação de uma pesquisa pela Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) mostrando que 69,9% dos eleitores são contra o aumento do número de cadeiras na Câmara de Londrina, parece ter enterrado de vez a tese de mais vereadores. Em enquete feita ontem à tarde pelo JL, nove vereadores declararam que votariam contra o aumento, seis manifestaram-se favoravelmente. Dois não foram localizados e dois não quiseram se manifestar. Como uma emenda à Lei Orgânica precisa de pelo menos 13 votos para ser aprovada, no máximo 6 vereadores teriam que se posicionar contra a medida.

Para manter as 19 cadeiras não é preciso nem apresentar projeto de lei, já que a Lei Orgânica já estipula esse número.
Há duas semanas uma minuta de projeto de emenda à Lei Orgânica chegou a ter 13 assinaturas, mas a repercussão negativa que a proposta recebeu da opinião pública fez com que essa maioria se diluísse. Na oportunidade, os vereadores decidiram consultar os partidos para tentar aumentar essa maioria. Mas o efeito foi o inverso. O anúncio feito na sexta-feira pelo presidente da Câmara, Gerson Araújo (PSDB), que defendeu publicamente a manutenção de 19 cadeiras e a decisão do PDT, no sábado, que fechou questão contra o aumento, esvaziaram de vez o apoio ao aumento.

Os vereadores favoráveis ao aumento para 21 cadeiras já consideram remota a possibilidade de mudança. “A tendência é manter os 19 vereadores. Havia uma maioria precária, mas alguns vereadores são vacilantes e devem optar pela permanência”, declarou Roberto Kanashiro (PSDB), um dos favoráveis a 21 vereadores. “Eu não sei se o assunto vai prosperar”, admitiu o vice-presidente da Câmara, Rony Alves (PTB), também favorável ao aumento. Para Alves, o aumento das cadeiras na Câmara “morreu no nascedouro”.

Entre os que defendem a manutenção dos 19 vereadores, como Lenir de Assis (PT), “o momento exige outra análise”. Ela disse que se posicionou pela manutenção no debate interno do PT, embora “defenda a representatividade, a democracia, a participação popular”, argumentos usados pelos favoráveis ao aumento.

Os três vereadores que não quiseram se manifestar ontem - Márcio Almeida (PSDB), Renato Lemes (PRB) e Sandra Graça (PP) - alegaram motivos diferentes. Almeida não participou da reunião do diretório do PSDB, no último sábado, quando o partido decidiu por liberar o voto dos seus vereadores. O vereador tucano, que não estava ontem em Londrina, disse que pretende se manifestar só depois de saber oficialmente sobre a definição da reunião de sábado.

Lemes, não quis comentar nesse momento, porque ainda está discutindo com o partido. “Não quero adiantar um comentário, sendo que o partido está discutindo”, concluiu. Sandra Graça disse que não discutiria e nem assinaria nenhum projeto dessa natureza na Câmara. “Há mais de um mês estou falando que a Câmara tinha que tomar posição. Temos assuntos mais importantes”, declarou. (JL)

0 comentários :

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles