O ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, advertiu neste sábado sobre as consequências de uma precipitada decisão a respeito de uma intervenção militar internacional na Líbia, já que poderia abalar o movimento democrático em todo o mundo árabe.
"Se o movimento de libertação balançar ou fracassar no mundo árabe por dar a impressão de que se trata de uma intervenção ocidental, prejudicaríamos os democratas (nesses países), o que quero evitar", manifestou Westerwelle à imprensa em Gödöllö, cidade próxima a Budapeste.
Os ministros das Relações Exteriores da UE (União Europeia) realizam desde a sexta-feira nesta cidade da Hungria - que atualmente preside a União Europeia - uma reunião informal, dominada pela situação na Líbia.
"Não quero que o delicado projeto da democracia no norte da África e no mundo árabe seja destruído pela propaganda de ditadores que dizem que se trata de uma invasão ocidental e não de um assunto do povo que deseja a liberdade", avaliou Westerwelle.
O ministro alemão se referia à postura da França e do Reino Unido, que defenderam uma rápida intervenção militar pontual sob certas condições em apoio à rebelião líbia.
A alta representante de Política Externa e de Segurança da União Europeia, Catherine Ashton, disse neste sábado que os 27 países da UE estudam "todas as opções" na crise líbia.
"Queremos ver o final da violência. O regime (de Gaddafi) está acabado. Necessitamos de um planejamento prudente, é muito importante trabalhar com a ONU", disse a chefe da política externa comunitária, que desde a Hungria viajará para o Cairo, onde a Liga Árabe realizará ainda neste sábado uma reunião ministerial sobra a Líbia. (EFE)
sábado, 12 de março de 2011
Ministro alemão adverte do perigo de intervenção na Líbia


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