sexta-feira, 8 de abril de 2011

No espoliado Brasil o uso do cartão de crédito está 1,5% mais caro. O IOF subiu inflado em 100%. O imposto agora é de 3%


Alta do IOF sobre empréstimos passa a valer nesta sexta

Tributo de 1,5% passa a 3% ao ano sobre operações com cartão de crédito, crédito direto ao consumidor e crédito consignado

O Guido Mantega, ministro da Fazenda, anunciou ontem (quinta-feira) a recessiva elevação de 1,5 ponto porcentual na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre todas as operações de crédito para pessoa física - excluindo apenas os financiamentos de imóveis. Com a medida, que entra em vigor nesta sexta-feira (8), o tributo de 1 5% passa a 3% ao ano sobre operações com cartão de crédito, crédito direto ao consumidor e crédito consignado.

O objetivo do governo Dilma adotando estas medidas econômicas recessivas, de acordo com Mantega, é o de reduzir o consumo e, por consequência, a inflação, mas istonão passa de mero placebo, pois o problema central são as lesivas especulações sobre a inflação futura e as altas taxas de juros praticadas com o aval do Estado brasileiro pelo especulativo mercado financeiro internacional, como o dumping praticado pelo mercado financeiro norte americano sobre a suas moeda, o dólar. Quando o ministro ressaltou que o novo imposto não incidirá sobre o crédito para empresas e investimentos fica claro qu como sempre quem paga pelas crises internacionais são os pobres tanto nacionais como os pertencentes as populações dos países dependentes periféricos.

Enquanto os bancos e a indústria bélica tanto faturam, sendo que é o povo pobre do planeta que é quem paga o custo destas guerras com interesses políticos econômicos imperiais. Tanto de forma direta, no caso dos países vítimas envolvidos com intervenções bélicas rapineiras por causa do petróleo como de outras riquezas, como indiretamente os outros mercados nacionais vítima de rapina do capital especulativo internacional, que pela ação neobilberal de mercado transformam os países dependentes em verdadeiros quintais a serem espoliados.

O Brasil continua a ser o paraíso para o capital especulativo e o grande exportador de produtos primários (commodities). Estes segmentos agrícolas ou extrativistas embora gerem a entrada de divisas internacionais não tem como prioridades primeiras a nossa segurança alimentar, a transformação da matéria prima agregando novos valores e gerando melhores empregos, a prioridade do mercado interno para o consumo das matrizes energéticas renováveis (álcool, etc.), etc..

Quando o Mante(i)ga diz que o crescimento do crédito em 20% ao ano é muito elevado, que quer dizer que o uso do "dinheiro de plástico" está alto, e isto representa o maior endividamento e o empobrecimento do povo brasileiro, esquece de dizer que está onda começou como sr. Lula abrindo crédito aos de baixa renda criando a ilusão que com os "impostos mais baixos" era uma "boa hora para comprar". O nosso mal remunerado povo não tinha poupança para comprar a vista e assediado pelo discurso do "cumpanheru" começou a comprar a crédito e neste mercado os juros são altos. A inadimplência no primeiro bimestre deste ano cresceu 25,4%, quando comparada com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Serasa Experian.

A explicação para o crescimento é o acúmulo de dívidas e o encarecimento do crédito, ocorrido em decorrência da política monetária para controle da inflação, onde quem paga o preço é o consumidor final, que compra um produto e paga o preço de três. Em 2010, ano eleitoral, havia uma série de criminosos incentivos por parte do governo Lula para que as pessoas consumissem. O crédito era farto e as condições de pagamento, facilitadas. A "festa" eleitoreira acabou logo e o povo na ilusão de estar consumindo não percebeu que para pobre a festa dura pouco e que no final a conta é dele.

Quem é que paga para que haja o reequilíbrio econômico das belicosas super-potências mundiais?

Nós do povo, que temos de engolir cada vez mais impostos mesmo estando nos afogando nas altas taxas de juros!!!!

Lucros dos bancos em 2009 e 2010:

Em 2009 os bancos privados brasileiros passaram longe da crise. Segundo levantamento da Austin Rating, o lucro líquido consolidado dos oito principais bancos privados do País, que já divulgaram seus resultados, cresceu 24% na comparação com 2008.

O setor econômico com o maior lucro acumulado em 2010 foi o de bancos, com R$ 45,4 bilhões no ano passado ante R$ 32,6 bilhões em 2009, crescimento de 39,3%. O setor também concentrou o maior volume de lucro das empresas de capital aberto , 23,9% do total.

O Banco do Brasil, que deveria ser um banco de fomento, mas não é, fechou 2010 com lucro líquido 15,3% maior. O BB registrou ganho de 11,7 bilhões de reais e ativos totais de 811,2 bilhões de reais, consolidando-se como o maior banco da América Latina.

Guerra cambial e fluxo de dólares

Não é de hoje que ouvimos que o fluxo de dólares (especulação de mercado) segue alto apesar das "medidas tomadas pelo governo para tentar contê-lo", e evitar uma queda maior do dólar, fator que diminui a competitividade das empresas brasileiras, sendo que estamos cansados de ouvir estas falácias. Em outubro do ano passado, o governo aumentou o IOF para aplicações de estrangeiros em renda fixa de 2% para 6%, além da elevação do tributo sobre a margem de operações no mercado futuro, o que não inibiu a especulação, pois mesmo com o aumento do imposto os lucros propiciados pelos altos juros fazem estas operações continuarem a serem atraentes para os especuladores internacionais.

O ingresso de recursos no Brasil acontece em meio à chamada "guerra cambial". Ela é o criminoso uso de dumping por alguns países para desvalorizar suas moedas e assim ilegalmente gerar melhores condições de competitividade para suas empresas. A entrada de dólares no Brasil, porém, por não serem destinados a produção gera efeito contrário, pois além de valorizar artificialmente o real, sendo que isto torna mais caro os nossos produtos para exportações, como o financiamento com altos juros somados ao altos impostos elevam o custo de produção.

Enquanto isto acontece aqui, onde temos uma das maiores cargas tributárias e os juros mais elevados do planeta, a China subsidia as exportações e mantém a sua moeda (yuan) artificialmente desvalorizada e o governo dos EUA e o seu Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve) não faz diferente.

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