quarta-feira, 2 de março de 2011

A ERA DOS HIDROCARBONETOS COMEÇA A DECLINAR

A articulista da Prensa Latina, Katia Monteagudo, destacou, na semana passada, que a era dos hidrocarbonetos começa a declinar, enquanto o mundo segue dependente de petróleo. A preocupação da articulista vem corroborar com diversas entidades de petroleiros brasileiros, também nesse fato

Tal conjuntura reforça mais ainda a importância do Brasil recuperar sua soberania plena no setor petróleo, seja na exploração, extração, produção, bem como do petróleo no subsolo nacional. E mais: retornar firmemente ao setor petroquímico, que agregará mais valor ao país.

A articulista da Prensa Latina destacou, também, que o petróleo abundante e fácil de se extrair não é mais uma norma, e muitos especialistas já alertam sobre o fim da era dos combustíveis fósseis, enquanto locomotiva do planeta.

Hoje, o preço do barril de petróleo já ultrapassa os cem dólares (Brent), e os prognósticos são de alta, diante dos levantes populares no Oriente Médio e Norte da África, onde se bombeia um terço do petróleo mundial. O economista da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, disse que o "ouro negro" barato ficou para trás.

A Prensa Latina destacou, ainda, que não há um consenso a respeito de quando ocorrerá (exatamente) o anunciado e temido pico petrolífero, mas está demonstrado que a produção global está a ponto de chegar a esse pico, para em seguida declinar definitivamente.

Segundo o UK Energy Research Centre, é muito provável que isso ocorra antes de 2030, com risco de acontecer entre 2015 e 2020.

Por seu turno, o Departamento de Engenharia de Petróleo, da Universidade do Kuwait, estima que em 2014 o petróleo alcançará o seu máximo de produção, e os países membros da OPEP alcançarão seu máximo em 2026.

Neste grupo se concentra, hoje, três quartos das reservas mundiais de hidrocarbonetos, que estão se esgotando a um ritmo anual de 2,1%, segundo analistas no Kuwait.

Os estudos sobre o pico de petróleo coincidem sobre o ritmo de alta no preço do barril de petróleo. E para manter uma sociedade industrializada como a atual, segundo cálculos da Universidade de Boston (EUA), é necessário obter um rendimento de cinco barris para cada barril equivalente consumido na extração. Hoje, essa taxa ronda os 10 para um, e seguirá caindo em função da dependência do petróleo. Isso explica a corrida pela exploração em alto mar.

Diante desses e de muitos outros aspectos relativos ao setor petróleo, fica cada vez mais claro que o mundo deve caminhar para o desenvolvimento de energia alternativas (e limpas) nos mais diversos setores da economia, em prol de um mundo que respeite o meio ambiente e o ser humano. O petróleo, hoje, deve ser utilizado de forma inteligente e estratégica, para uma economia sustentável.

O Pré-sal deve ser o "passaporte para o futuro" do Brasil, com soberania plena, economicamente sustentável e justo para com o seu povo. Nesse sentido, a campanha "O Petróleo Tem que Ser Nosso" defende que o país retome o monopólio estatal do petróleo e que a Petrobrás seja 100% pública, como forma de garantir que o Pré-sal e diversas outras áreas potenciais de se encontrar petróleo sejam utilizadas estrategicamente, não como um produto qualquer no mercado mundial.

Fonte: Agência Petroleira de Notícias

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