sábado, 26 de fevereiro de 2011

Quase 40% das mortes de jovens são assassinatos

Homicídios são a principal causa de morte dos jovens brasileiros e estão se multiplicando. Levantamento elaborado pelo Instituto Sangari mostra que 39,7% dos óbitos, na população de 15 a 24 anos, foram provocados por assassinatos. Segundo os pesquisadores, a conclusão é estarrecedora: em 1980, a taxa de homicídios de jovens era de 30 por cada grupo de cem mil habitantes e subiu para 52,9 por cem mil, em 2008.Na década de 1998 a 2008, o Brasil registrou 521.822 vítimas, em todas as faixas etárias. Em 2008, foram 50.113 — 137 por dia.

Índice de Homicídios na Adolescência

Os dados a seguir constam do estudo que avalia o IHA (Índice de Homicídios na Adolescência), feito por uma parceria entre a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, o Laboratório de Análise da Violência (UERJ), o Unicef e o Observatório de Favelas. As estimativas se referem ao ano de 2007, comparando-as com os dois anos anteriores, e foram divulgadas na manhã desta quarta-feira.

O IHA mede o número de adolescentes de 12 anos, num grupo de 1.000, que morreriam vítimas de homicídio antes de chegar aos 19 anos. O IHA nacional cresceu entre 2005 e 2007, passando de 2,51 para 2,67. O valor mais alto no país foi 11,8, alcançado pela cidade de Foz do Iguaçu, campeã também em 2006.

As regiões metropolitanas com maior risco de homicídios entre os jovens são Recife, Vitória, Maceió e Rio de Janeiro. São Paulo encontra-se abaixo da média nacional.

A arma de fogo está no centro do problema, segundo o estudo. O risco relativo por arma de fogo é cerca de seis vezes maior que por outros instrumentos.

Outros riscos relativos foram analisados e indicam que o jovem negro tem 3,7 vezes mais chance de ser assassinado que o jovem branco e que o jovem do sexo masculino tem 12,6 vezes mais chance de ser vítima de homicídio que uma jovem.

Os fatores que influenciam o IHA são o tamanho da população, o crescimento das cidades, educação, a renda da população e até sua religiosidade. Por isso, o estudo aponta alguns caminhos para diminuir o potencial de morte entre os jovens: programas de distribuição de renda e melhoria dos sistemas educacionais.

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