sábado, 26 de fevereiro de 2011

Curitiba realiza o "Carnaval da Diversidade Cultural"


Você consegue imaginar uma festa de Carnaval com os foliões curtindo samba, bandas tocando marchinhas e roqueiros com suas músicas mais pesadas? Calma. Não é tudo isso junto e misturado não. Cada um em seu espaço e destinado a públicos diferenciados. Agora já dá para, mais ou menos, ter uma ideia de como que é, né? Pois esse é o Carnaval de Curitiba, que conta com programação variada para atender aos mais variados gostos.
Opções não faltam: há bailes de fantasias, desfile das escolas de samba e também um festival de bandas chamado Psycho Carnival. "É o Carnaval da diversidade cultural", ilustra Beto Lanza, diretor de planejamento da Fundação Cultural de Curitiba.
"A diversidade está relacionada à própria constituição cultural de Curitiba. Há uma variedade muito grande de etnias e de ondas migratórias muito diferentes na cidade. Essa constituição cultural acaba gerando um período de Carnaval que encontra toda essa distinção", explica Lanza.

Bloco Sacis e Garibaldis

O Bloc Garibaldis & Sacis faz o seu último desfile a partir das 15 horas, nas Ruínas (Largo da Ordem). Se você nunca foi, não sabe o que está perdendo: um autêntico carnaval de rua, comandado por Itaércio Rocha e a trupe do Garibaldis do alto de um minitrio elétrico, que arrasta uma verdadeira multidão pelo Largo da Ordem. Uma festa família, para todas as idades e tribos, que não deve nada para os desfiles de blocos em Olinda, Recife ou Rio de Janeiro.


Bailes

Os bailes são destinados à população que está mais afastada do centro da cidade. Eles acontecem dentro de um ginásio de esportes na periferia, no Bairro Novo, e buscam recuperar o contexto de Carnaval de clube, aonde as famílias vão trajando fantasias e a banda toca marchinhas. Tanto crianças como adultos podem se divertir, mas cada público em um horário distinto.
Realizadas há mais de uma década, as festas atraem multidões todos os anos. "Elas atingem um público aproximado de 15 a 20 mil pessoas ao longo do Carnaval", conta o diretor.

Desfile

Para o desfile das agremiações, uma grande estrutura é montada no Centro Cívico curitibano, conhecido por abrigar diversas manifestações culturais da cidade. Segundo Jaciel Teixeira, coordenador de Carnaval da capital paranaense, "é um local ideal para o Carnaval. A área de desfiles tem 200 metros. Entre a armação e a dispersão, dá um total de mais ou menos 400 metros".
Ele segue o modelo tradicional, conhecido dos desfiles de São Paulo e Rio de Janeiro: escolas de samba, alegorias, bateria, fantasias coloridas, mas há diferenças. "O desfile acontece em um único dia - no sábado de Carnaval - e dois grupos se apresentam: o de acesso e o especial. Antes disso, temos sempre três atrações que abrem o Carnaval de Curitiba: um grupo que se chama Afoxé, que é ligado ao Candomblé, com todo aquele ritual de limpeza da avenida; um bloco que se chama Derrepent, que, como o nome já sugere, de repente acontece. Qualquer pessoa pode participar e, de repente, estar dentro do bloco e brincar também; e um bloco muito tradicional, chamado Rancho das Flores", delineia Teixeira.
O Rancho das Flores é um grupo formado por 400 idosos que fazem parte de programas sociais da prefeitura. Ele existe desde 1990 e já é uma tradição no Carnaval de Curitiba", detalha o coordenador.

Psycho Carnival

Uma festa de Carnaval sem samba. Essa é a proposta do Psycho Carnival, que, este ano, chega à sua 12ª edição. Na verdade, trata-se de um festival de música psychobilly, recheado de bandas nacionais e internacionais. Em 2010, 8 mil pessoas curtiram o evento. Para este ano, espera-se um público ainda maior: 12 mil pessoas.

Mas, o que seria esse tal de psychobilly? "É um ritmo que surgiu da mistura do punk-rock com o rockabilly, que é aquele primeiro rock q surgiu, o rock mais de raiz", explica Vladimir Urban, organizador do festival.
Difícil de entender? Vamos ver se assim fica mais claro: "É como se o Elvis Presley, que é o ícone do rockabilly, saísse do túmulo agora e começasse a cantar. É como se ele, morto-vivo, cantasse porque tem muita influência de filme de horror, ficção cientifica. Tem vários temperos nessa mistura alem da música", ilustra Urban.
Para esta edição, Nekromantix, da Dinamarca, e Mad Sin, da Alemanha, são as duas bandas mais esperadas. A primeira, por ter inovado ao introduzir metal ao psychobilly. Já a segunda, por ter dado um ar mais melódico ao ritmo, que mistura elementos.

Fonte: GP

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