Foragido é acusado de manter família em cárcere privado

Um homem de 31 anos, foragido desde 11 de fevereiro da Colônia Penal Agrícola, foi preso na sexta-feira (25), no bairro São João Batista, em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba. Segundo a polícia, desde que fugiu do sistema prisional, no dia 11 de fevereiro, ele mantinha uma família em cárcere privado. A família foi mantida em cárcere privado por dez dias, até que uma denúncia anônima chegou ao delegado Antônio Macedo de Campos Júnior.

Luciano Reis dos Santos, de 31 anos, foi detido na manhã desta sexta-feira, em uma ação rápida realizada pela delegacia do município. De acordo com o superintendente Job de Freitas, havia receio de que ele pudesse tentar reagir e expor a família a riscos. “Entramos na residência muito rapidamente e pudemos evitar o pior”, disse o policial.

Segundo Freitas, desde que fugiu da Colônia Penal, Santos invadiu a casa onde uma mulher morava com os três filhos e passou a morar na residência. “Ele ameaçava a mulher, dizendo que mataria as crianças, caso ela o denunciasse”, informou o superintendente.

De acordo com o depoimento da vítima, Santos só a liberava para ir ao trabalho. A polícia foi informada do caso pelos patrões da mulher, que haviam estranhado o fato de ela sempre chegar chorando ao local de trabalho. Condenado a 22 anos de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte), Santos foi reconduzido ao sistema prisional, onde deve cumprir mais 12 anos de prisão.

Histórico

Luciano Reis dos Santos, 31 anos, conhecido por “Diabo Loiro”, foi condenado a 22 anos de prisão por violentar e estrangular a professora Terezinha Elisabete Kepp, 38 anos, em fevereiro de 2000. Entre 1999 e 2002, outras 22 mulheres foram assassinadas na cidade, e Luciano era apontado como suspeito de participação em alguns dos crimes.