Seria uma contradição da minha parte caso fosse contra qualquer movimento social em luta na busca por direitos. Acredito serem extremamente legítimos os servidores públicos de forma pacífica e ordeira democraticamente se mobilizarem em busca das suas reivindicações. Mas será que é só isto que está por trás da forma violenta de luta pela aprovação da PEC-300?
Policiais unificam insatisfação
A ameaça de paralisação das Polícias Civil e Militar em vários estados de Norte a Sul do país não acontece por acaso. É cada vez mais evidente a suspeita de que as recentes greves na Bahia, Maranhão, Piauí e Ceará são fruto de uma articulação nacional das corporações para pressionar o Congresso pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n.º 300, que visa corrigir defasagens salariais e uniformizar a remuneração de policiais militares e bombeiros.
De acordo com o coronel PM da reserva Adalberto Rabelo, um dos líderes do movimento no Rio de Janeiro, a deflagração de uma greve nacional da categoria – embora proibida por lei – “é inevitável”. “Tivemos reuniões em Brasília e planejamos os movimentos nos estados. Estamos em constante contato”, disse. Na terça-feira, o serviço de inteligência do Palácio do Planalto informou que o risco de paralisação é alto em seis estados: Rio, Pará, Alagoas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Paraná. Ontem, associações de policiais do Rio e de São Paulo promoveram atos públicos em solidariedade ao movimento grevista da Bahia.
Seria uma contradição da minha parte caso fosse contra qualquer movimento social em luta na busca por direitos. Acredito serem extremamente legítimos os servidores públicos de forma pacífica e ordeira democraticamente se mobilizarem em busca das suas reivindicações. Mas será que é só isto que está por trás da forma violenta de luta pela aprovação da PEC-300?
Policiais unificam insatisfação
De acordo com o coronel PM da reserva Adalberto Rabelo, um dos líderes do movimento no Rio de Janeiro, a deflagração de uma greve nacional da categoria – embora proibida por lei – “é inevitável”. “Tivemos reuniões em Brasília e planejamos os movimentos nos estados. Estamos em constante contato”, disse. Na terça-feira, o serviço de inteligência do Palácio do Planalto informou que o risco de paralisação é alto em seis estados: Rio, Pará, Alagoas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Paraná. Ontem, associações de policiais do Rio e de São Paulo promoveram atos públicos em solidariedade ao movimento grevista da Bahia.
GRAVAÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL: POLÍTICO INCENTIVA O CABO DO CORPO DE BOMBEIROS BENEVENUTO DACIOLO, PRESO ONTEM, E SEUS PARES A ENTRAR EM GREVE NO ESTADO
247 - A Polícia Federal passou a monitorar os líderes dos movimentos grevistas no Rio de Janeiro e na Bahia por escutas telefônicas com autorização judicial. Nas conversas, flagraram Marco Prisco, presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares da Bahia, e Benevenuto Daciolo, cabo do Corpo de Bombeiros e líder do movimento no Rio de Janeiro, combinando ações dos próximos dias. Uma matéria do Jornal Nacional revelou ainda acertos para realização de ações de vandalismo na cidade. As gravações mostram ainda as articulações para que a paralisação se estenda ao Rio de Janeiro, a São Paulo e outros estados com o objetivo de inviabilizar a realização do Carnaval nas cidades e pressionar o governo federal a aprovar o segundo turno de votação da PEC 300, emenda que garantiria um piso salarial único para bombeiros e policiais de todo o Brasil.
As gravações telefônicas, no entanto, não se restringem aos grevistas. Políticos de vários partidos foram flagrados em conversas com os militares. Em uma delas, que já está nas mãos da cúpula da segurança pública da Bahia, aparece Anthony Garotinho incentivando Daciolo e seus pares a entrar em greve no Rio de Janeiro.
Cabo Daciolo é preso no Rio
O cabo Benevenuto Daciolo foi preso, no final da noite desta quarta-feira, ao chegar no Rio, vindo da Bahia, onde ajudava a organizar a greve do PMs de lá.
Ele foi preso administrativamente e levado para o quartel-general do Corpo de Bombeiros, no Centro do Rio.
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