quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

BRIGA EM FAMIGLIA, TUTI BUONA GENTE ....: Requião denuncia rolo-compressor do PT

senador Roberto Requião admitiu nesta quinta-feira, em áudio disponível em seu site, que foi “atropelado pela base governista”, da qual “supostamente” (sic) pertence, no pedido de diligência feito por ele para investigar denúncias contra Bernardo Figueiredo, indicado pela presidente Dilma Roussef para reassumir a direção geral da ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre.

O pedido de diligência foi aprovado no ano passado por unanimidade, mas a Comissão de Infraestrutura do Senado, por pressão do PT, marcou para o próximo dia 15 a sabatina de Figueiredo.

Requião queria a diligência para ouvir o Ministério Público Federal, o deputado estadual paulista Mauro Bragatto, relator da CPÌ que investigou o sistema ferroviária de São Paulo, e o engenheiro Paulo Sidney Ferraz, “todos com informações comprometedoras sobre Figueiredo”.

Segundo o senador, na reunião desta quinta-feira, a base governista se insurgiu contra a realização das diligências antes da sabatina, sob a alegação de que o mandato de Bernardo Figueiredo na ANTT vence no dia 18 e não haveria tempo hábil para a investigação proposta.

-- A urgência da renomeação de Figueiredo acaba de se transformar em questão mais importante que a idoneidade do indicado, disse Requião, que defendeu que, “a bem da transparência absoluta nos serviço público, as denúncias contra o diretor-geral da ANTT devem ser apuradas”.

Para ele, “negar as diligências e sabatinar Figueiredo como se nada houvesse contra ele é gravíssimo, além do que, considero essa iniciativa da base governista, de que também faço parte, uma violência contra o meu mandato e contra os eleitores que represento”, disse.

Requião lamentou o “rolo compressor”.

-- Tentativas de conciliar a sabatina com a diligência, marcando-as para dias alternados, foram rejeitadas pelo PT, que assim deixou claro que a recondução de Bernardo Figueiredo à direção geral da ANTT já foi decidida, não importando as informações que possam existir contra ele, por mais graves que sejam, lamentou.

Requião está disponibilizando em seu site documentos e vídeos contendo denúncias contra Bernardo Figueiredo. (Roseli Abrão)

Para entender mais o caso:

Requião explica denúncia contra ministro Paulo Bernardo

O senador Roberto Requião explicou nesta sexta-feira (15), em Plenário, os motivos que o levaram a apresentar uma representação junto ao Ministério Público contra o ministro Paulo Bernardo, que hoje ocupa a pasta das Comunicações.

De acordo com Requião, que em 2007 governava o Paraná, Paulo Bernardo, à época ministro do Planejamento e Gestão, e Bernardo Figueiredo, então assessor da Casa Civil da Presidência da República, o procuraram para conseguir sua anuência em relação a uma parceria público-privada que seria realizada para construir um ramal ferroviário em seu estado, cujo custo seria de R$ 540 milhões e integraria as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Requião disse que recusou seu apoio ao projeto, pois a obra, segundo ele, poderia ser feita com custo entre R$ 150 milhões e R$ 220 milhões.

O senador disse ainda que a empresa concessionária, a ALL, deixaria de pagar ao governo o valor de R$ 52 milhões anuais, referente ao arrendamento de outra ferrovia. O dinheiro seria usado para pagar o financiamento da nova obra.

"Ao dizer um claríssimo "não" ao negócio, para o qual o ministro do Planejamento e o assessor da Casa Civil queriam a minha concordância, evitei que o BNDES fosse envolvido em uma operação lesiva ao patrimônio público, à economia popular e ao próprio banco", afirmou.

O senador disse ainda que o então assessor da Casa Civil Bernardo Figueiredo era ex-sócio da ALL. "O Sr. Bernardo Figueiredo transita do privado para o público, depois de transitar do público para o privado", disse Requião.

Requião disse que logo levou o caso ao conhecimento do governo federal e a parceria público-privada acabou não sendo realizada. No entanto, segundo ele, depois da declaração dada pelo ministro Paulo Bernardo do que ele, como governador do Paraná, estaria impedindo investimentos privados no estado, encaminhou a denúncia ao Ministério Público. (FL)


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