quarta-feira, 14 de setembro de 2011

É o quinto que desejamos que vá para o quinto dos infernos: Ministro do Turismo entrega carta de demissão a Dilma

O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, afirmou que o ministro do Turismo, Pedro Novais, está reunido com a presidente Dilma Rousseff para entregar a sua carta de demissão. O ministro está acompanhado do vice-presidente Michel Temer.

O pedido vem ao final de uma reunião de menos de uma hora na vice-presidência, com lideranças do PMDB, partido do qual Novais faz parte.

Segundo Alves, Novais "está indo cumprir a sua tarefa por decisão própria, pessoal, que seu partido, solidário a ele, acata e aceita".

Alves afirmou que Novais irá responder a todas as denúncias, mas preferiu deixar o cargo porque o processo "vai demandar aborrecimentos, constrangimentos e tempo", e Novais não queria que o Ministério do Turismo fosse penalizado.

O líder do PMDB na Câmara disse que a presidente deixou a cargo do partido a escolha do novo ministro. O líder seguiu para a Câmara dos Deputados tratar do tema. "O vice-presidente Michel me pediu que, diante das circunstâncias, ele achava que oferecêssemos alternativas", disse ele. Havia resistências quanto a um nome da Câmara.

"É até bom para mostrar à presidente Dilma e ao governo que o partido tem vários quadros qualificados", disse Henrique Alves.

Entre os nomes defendidos pela bancada, estão o de Manoel Junior (PB) e Marcelo de Castro (PI). Segundo peemedebistas, o nome de Castro sofre resistências no governo.

CRISE

A situação de Novais ficou insustentável no Planalto e dentro de seu próprio partido depois de duas revelações da Folha: a de que ele pagou com dinheiro público o salário de sua governanta por sete anos e a de que sua mulher usa irregularmente um funcionário da Câmara dos Deputados como motorista particular.

Ele estava em situação delicada desde o começo de agosto quando uma operação da Polícia Federal prendeu 37 pessoas, incluindo o então secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Costa.

Logo após a sua nomeação, em dezembro de 2010, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que Novais usou R$ 2.156 da sua cota parlamentar para pagar despesas de um motel em São Luís, em junho do ano passado.

No mesmo mês, a Folha mostrou que Novais foi flagrado em escutas da Polícia Federal pedindo ao empresário Fernando Sarney que beneficiasse um aliado na Justiça Federal. (Uol)


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