segunda-feira, 11 de julho de 2011

Saída da ex-senadora Marina Silva não assusta PV do Paraná

Uma das notícias mais comentadas da última semana no ambiente político foi a desfiliação de Marina Silva do PV, partido pelo qual disputou a eleição para a presidência da República em 2010. Apesar de a informação ter causado especulações a respeito do futuro do partido como um todo, a deputada federal Rosane Ferreira (PV), que assumiu a presidência da executiva paranaense recentemente, garante que não há com o que se preocupar e que o PV não deve perder força no estado por causa disso.

Para ela, a identificação dos eleitores não seria tão personalizada. "É claro que Marina tem suas qualidades, mas o programa apresentado por ela era do Partido Verde, que continua o mesmo, por isso não tememos a perda de eleitores. Na Câmara Federal, por exemplo, temos muita força, eu mesma me elegi sem a necessidade de interferência dela", opina.

No entanto, ela reconhece que o PV acaba perdendo com a saída de Marina por ela ter um nome forte, mas também acredita que ela própria também perde com a saída do partido. "Na minha opinião, seria muito mais fácil lidar com os conflitos internos do que começar do zero".

"Falta de habilidade"

A deputada ainda diz que lamenta a "falta de habilidade" do partido em resolver os conflitos internos que tiveram como consequência a desfiliação de Marina Silva. "Todos os partidos têm problemas, não tem uma única bancada que não reclame de como são conduzidos os partidos políticos no Brasil, mas nós não fomos capazes de lidar com os nossos conflitos internos".

De acordo com ela, o motivo para o partido não ter tratado do assunto no momento certo seria o foco em outros interesses, considerados prioritários. "Ficamos muito tempo focados no Código Florestal e não cuidamos desse assunto, principalmente porque epicentro dos problemas estava em São Paulo, que está longe de Brasília", justifica.

Mesmo tendo que lidar com essa novidade no partido já em sua primeira semana como presidência estadual do partido, Rosane garante que os trabalhos em sua nova função já começaram. "Primeiro, estamos fazendo um "check list" em todas as executivas municipais para verificar a situação de cada uma delas e fazer um diagnóstico do PV no Paraná para então buscar filiações, sem perder a qualidade, e deixar o partido pronto até setembro, já pensando nas eleições municipais de 2012".

Eleições municipais

Em relação ao pleito em Curitiba, a deputada que ainda é cedo para apontar possíveis nomes para concorrer à vaga de prefeito pelo partido. "Uma coisa é certa, vamos lançar uma candidatura própria porque vimos que onde o PV se elegeu foi com candidato próprio e queremos repetir essa fórmula, que está dando certo. Como temos mais dois meses para acertar essa questão, ainda é cedo para falar nisso". (OEP)

No entanto, ela admite a possibilidade de PV convidar Gustavo Fruet (PSDB) para representar o partido nas eleições da capital, já que ele permanece em situação de indefinição a respeito de sua filiação partidária, apesar de algumas restrições. "Gustavo é um grande nome, isso é inegável. É claro que ele seria bem-vindo no PV, existe sim essa possibilidade, seria hipocrisia dizer que não, mas ainda estamos esperando ele resolver seus problemas no PSDB para então pensar em um convite. Antes disso, seria falta de ética e falta de respeito com o PSDB", afirma.

A deputada ainda ressalta que o motivo para o interesse do PV em Fruet não seria apenas porque ele está bem cotado nas pesquisas de intenção de voto, mas
porque "o jeito dele de pensar é semelhante a muitos dirigentes do
partido".

0 comentários :

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles