quinta-feira, 30 de junho de 2011

Greve contra reformas em aposentadorias deve ter adesão de 750 mil na Grã-Bretanha

Um total de até 750 mil funcionários do serviço público britânico deve aderir a partir desta quinta-feira a uma greve de 24 horas contra projetos do governo de reformar o sistema de aposentadorias do país.

A central sindical Sevidores Públicos e de Serviços Comerciais (PCS, na sigla em inglês) e três dos principais sindicatos de professores do país afirmam que a proposta governamental obrigará funcionários a se aposentar mais tarde, a contribuir com quantias maiores para a previdência, e, ainda assim, receber uma aposentadoria menor.


Cameron argumenta que um aumento na expectativa de vida bem como um déficit público de 10% tornam essenciais as reformas no setor previdenciário.O primeiro-ministro britânico, David Cameron, condenou a greve classificando o movimento de irresponsável e afirmou que as mudanças anunciadas pelo govenro são ''justas com o contribuinte e com o setor público''.

A adesão à greve por parte de diferentes sindicatos no setor educacional está afetando o funcionamento de colégios na Inglaterra e no País de Gales. Milhares de escolas na Grã-Bretanha foram fechadas e aulas foram canceladas.

Há expectativa também de que voos comerciais enfrentem atrasos, já que trabalhadores do setor de imigração estão entre os que participarão da greve.

Mas aqueles que estão de partida da Grã-Bretanha não serão afetados, uma vez que passageiros que saem do país lidam apenas com agentes de segurança - que não interromperão suas atividades -, mas não com funcionários do serviço de imigração.

Adesão

Apesar de reconhecer que milhares deverão se juntar à paralisação, o governo enfatizou que a grande maioria dos tribunais, centros de emprego, e serviços de assistência telefônica nos setores de impostos e imigração deverão funcionar normalmente.

''As pessoas vão se perguntar por que professores e alguns servidores públicos estão aderindo à greve enquanto ainda estão sendo realizadas discussões sobre como manter os serviços públicos entre os melhores disponíveis'', disse, em entrevista à BBC, o ministro da Economia britânico, Francis Maude.

''Mas as pessoas estão vivendo por mais tempo. É perfeitamente aceitável que se espere trabalhar por um pouco mais de tempo antes de podermos recorrer às aposentadorias, que ainda estarão entre as melhores, e pedir que se pague um pouco mais porque outros contribuintes que estão pagando o complemento tiveram impactos em suas próprias pensões.''

O diretor-geral da Câmara Britânica de Comércio, David Frost, diz que o plano de reformar o sistema de aposentadorias é ''essencial'' e pode impulsionar o setor comercial da Grã-Bretanha.

''O setor público precisa despertar para a dura realidade de conceder aposentadorias em um mundo que passa por rápidas transformações, e o setor público precisa fazer o mesmo. Se a Grã-Bretanha for vista como um país onde há muitas greves do serviço público, poderá perder a confiança dos investiores, e o país passar a ter dificuldade de atrair novas empresas'', afirmou Frost.

Mark Serwotka, secretário-geral do PCS, afirmou que não houve outro caminho se não o da greve, já que o governo não está preparado para ''ceder em qualquer um dos temas centrais que levaram à greve''.

Kevin Courtney, vice-secretário-geral do sindicato nacional de professores (NUT, na sigla em inglês), disse reconhecer que a paralisação afeta professores e alunos: ''Esperávamos alcançar acordos antes da greve, mas o governo não está levando a sério a realização de negociações''.

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