quarta-feira, 18 de maio de 2011

Servidor de Londrina e funcionário do TC são presos por envolvimento em fraudes

O servidor público municipal Gilberto Alves de Lima foi o 20º preso pela Operação Antissepsia, deflagrada na semana passada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Lima, que se apresentou na tarde desta terça-feira (17), é suspeito de participar do suposto esquema de desvio de recursos da área da saúde em Londrina envolvendo as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) Atlântico e Gálatas.

Segundo o Gaeco, Lima teria ligação com Marcos Ratto, membro do Conselho Municipal de Saúde que está preso há uma semana.


Pela manhã, outro suspeito se apresentou, Alessandro Martins, funcionário do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele é filho de Flávio Martins e sobrinho de Antônio Carlos Martins, contadores que prestavam serviços para os institutos Gálatas e Atlântico e que foram presos na segunda-feira (16). A assessoria do TC informou que o funcionário já foi exonerado. Ainda na segunda, o empresário Juan Monastério também foi preso.

Sindicância

Além disso, a Secretaria de Saúde de Londrina abriu uma sindicância, na segunda-feira (16), para investigar uma denúncia envolvendo uma servidora municipal. O objetivo é apurar se ela estaria envolvida no suposto esquema de desvio de recursos da área da saúde em Londrina envolvendo os institutos Atlântico e Gálatas.

Sem citar o nome da servidora e qual o cargo que ocupava, o diretor-executivo da Secretaria de Saúde, Márcio Nishida, afirmou que a denúncia chegou por e-mail e foi formalizada na Corregedoria da Prefeitura na segunda. Como se trata de um processo de sindicância, a funcionária foi afastava preventivamente.

Ele também não quis comentar o teor da denúncia e qual seria o envolvimento da funcionária público no esquema de desvio de recursos. O diretor-executivo afirmou que o sigilo é necessário para preservar a servidora, caso a denúncia não seja comprovada. No entanto, ela pode ser exonerada do quadro público.

A operação

A Operação Antissepsia foi deflagrada em 10 maio depois de o Ministério Público receber denúncias de um suposto esquema de desvio de recursos da área da saúde envolvendo os institutos Atlântico e Gálatas. O ex-procurador Geral do Município, Fidélis Canguçu, e mais 14 pessoas foram presas. Canguçu foi exonerado do cargo depois do anúncio da prisão. Quatro dos presos foram liberados no mesmo dia após fazer acordo.

Foram apreendidos R$ 20 mil em dinheiro com Canguçu, além de três armas e diversos documentos na Procuradoria, no prédio da Prefeitura e nos institutos. Ao todo, 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Londrina, Cambé, Arapongas, Bela Vista do Paraíso e Jataizinho.

A investigação começou há quatro meses, por conta de denúncias de empresários que teriam sido procurados para dar notas fiscais frias para justificar serviços prestados pelas Oscips.

O papel de Fidélis Canguçu no esquema seria o de fazer a abordagem aos institutos para cobrar a propina. A moeda de troca para receber a propina seria a liberação dos pagamentos dos valores pelos serviços prestados. Um dos institutos teria pago em torno de R$ 120 mil de propina a Canguçu.

Na última sexta-feira (13), a Justiça atendeu ao requerimento do Ministério Público e prorrogou a prisão temporária de nove suspeitos. Gláucia Chiararia e Sílvio Luz Rodrigues, do Instituto Gálatas, foram soltos. Com as prisões desta terça-feira, subiu para 14 o número de pessoas que continuam presas. (GP)

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