Vamos ler e analisar com muito cuidado o estudo sobre o papel das commodities nas exportações e na economia brasileira (veja íntegra) divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O estudo engrossa o coro de setores do mercado produtivo, segundo o qual o Brasil tem focado suas exportações em commodities e perdido espaço na venda de produtos de maior intensidade tecnológica e de maior valor.
Acontece que commodities, no nosso caso, também agregam valor e incorporam tecnologia, criam empregos e consolidam a nossa logística. Além de produzirem energia - do bagaço da cana - biotecnologia, máquinas e equipamentos, e de utilizarem caminhões e carretas, locomotivas e vagões e navios.
Não dá, então, para simplesmente afirmar que no século XXI exportar matérias primas e alimentos é a mesma coisa que nos séculos XIX e XX. Isso sem falar que o Brasil industrializa quase 50% ou mais de sua produção de alimentos e grande parte da de minérios, já que tem um grande e crescente mercado interno.
Assim, ao examinar os riscos reais de perda de competitividade de nossa indústria não podemos perder de vista o caráter atual da produção de commodities para o país. Claro, o meu reparo não significa que o país deve deixar de tomar as medidas necessárias para aumentar as nossas competitividade e produtividade.(Correio do Brasil)
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Commodities, no Brasil, também agregam valor e tecnologia, diz IPEA


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