quarta-feira, 18 de maio de 2011

DIAGNÓSTICO DA SEGURANÇA É PERVERSO, ADMITE SECRETÁRIO

A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa recebeu, nesta terá-feira (17), integrantes do alto escalão do governo na área para discutir um plano de combate à criminalidade em todo o Estado do Paraná.

Participaram da reunião o secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, o comandante da Polícia Militar, Marcos Teodoro Scheremeta, diretores do Instituto de Criminalística, IML e representantes do DETRAN.

Segundo o presidente da comissão, deputado Mauro Moraes (PSDB), a reunião de ontem marcou o inicio de uma parceria entre os Poderes Legislativo e Executivo no combate ao crime em todas as regiões do Paraná. “Precisamos encontrar medidas para amenizar os problemas relacionados à segurança”, comentou o parlamentar. “Herdamos do governo anterior uma segurança sucateada, mas não podemos nos reportar a isso sem tomar atitude”, completou.

O secretário afirmou que o setor vem sofrendo com um sucateamento de pelo menos 15 anos, mas que a situação caótica deverá ser revertida com medidas pontuais, como a reposição dos efetivos da PM, Civil, IML e Instituto de Criminalística. O chefe da Pasta afirmou que a Secretaria da Fazenda já está fazendo um estudo para avaliar a implementação da emenda 29, que trata da remuneração policial através do pagamento do subsidio. “O diagnóstico atual da segurança é perverso na área da segurança pública”, admitiu o secretário.

O governo se comprometeu a divulgar com maior freqüência um diagnóstico da segurança pública. Todas as informações obtidas pela SESP serão divulgadas ao Legislativo. “Propomos o diálogo sem proposta partidária”, ressaltou Almeida Cesar. Segundo ele, o efeito da PM é o mesmo de 10 anos atrás. “Em 70% dos municípios paranaenses não temos policiais civis”, disse. Outra informação preocupante é o número de armas apreendidas que ainda aguardam um laudo de criminalística. De acordo com o chefe da Pasta, são pelo menos 5 mil casos em que a falta de pessoal atrapalha o trabalho de perícia. “O Paraná precisa duplicar o número dos seus efetivos”, afirmou.

Na avaliação de Moraes, a participação de autoridades do governo na reunião da Comissão de Segurança foi um marco na história do Legislativo. “Reunimos parte importante do governo que irá conduzir as mudanças na área. Essa parceria vai permitir um monitoramento mensal dos índices de criminalidade. A partir dos números levantados, a Casa poderá discutir com o Executivo medidas específicas de combate à criminalidade para cada região”, frisou.

Moraes sugeriu aos membros da comissão reuniões freqüentes com integrantes do governo, repetindo o encontro desta terça-feira.

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