quinta-feira, 14 de abril de 2011

A opinião deste blogueiro sobre sobre o oportunismo da mídia no massacre de Realengo e a relação deste com a falência do sistema de Educacão


Comentário do blogueiro:

Embora o fato tenha sido extremamente grave e cruel, como as suas sequelas devam durar por muito tempo nas pessoas que dele involutariamente fizeram parte, pois os traumas causados são profundos, a dimensão dada pela mídia as atitudes individuais de um demente assassino em nada ajuda para que estas vítimas consigam superar o acontecido.

Em vez da mídia ir atrás do que interessa, mas não faz, no caso a discussão da patologia que levou ao massacre e suas origens, entre elas a prática cotidiana do bullying nas escolas como agravante de um quadro clínico mental crônico não identificado etratado devidamente, ela se perde no sensacionalismo barato das imagens fortes ou em tentar inventar teorias da conspiração. Como o absurdo de tentar ligar o deficiente mental a "grupos islâmicos terroristas", tanto por este factóide cumprir a função discriminatória contra os seguidores do Islã, o que é um crime, para cair no "agrado financeiro" daqueles que por interesses econômicos e geopolíticos disto se beneficiam, no caso os "falcões" do império. As superpotências, hoje envolvidas em mais uma "guerra santa" de rapina contra os "infiéis mulçumanos" nesta "nova cruzada", no caso os EUA e seus aliados da OTAN, sob o manto de "levar a democracia e o desenvolvimento" invadem e neocolonizam se apropriando pelas armas das riquezas dos países terceiro-mundistas ricos em jazidas de hidrocarbonetos e outras fontes de matérias primas.

O que a mídia venal, que também se enriquece com recursos do erário ao só "falar bem" dos governos, deveria estar fazendo é cobrar do estado um melhor sistema de educação, onde o acompanhamento psicológico individual e coletivo das pessoas participantes desta estrutura, discentes, docentes e funcionários, seja uma realidade. Sei que muitos poderão considerar este discurso utópico e até secundário perante a gravidade da falta de prioridade que a educação, que é estratégica e vital, recebe em nosso país.

É impossível criar um ambiente harmonioso onde os professores pessimamente remunerados trabalham sob a enorme pressão das salas de aulas superlotadas com mais de 40 alunos e estes, pela incapacidade de um só profissional acompanhar a todos, acabavam recebendo uma péssima prestação de serviço.

O agravante, o que deixa ainda a coisa pior, é a crônica falta da estrutura educacional de apoio(professores auxiliares, laboratórios, material didático, prédios mal conservados, etc.).

Como pensar em formar pessoas eticamente e tecniocamente melhores em um país onde a estratégica importância para a educação é nenhuma?

Enquanto o ensino não der um salto qualitativo o país não será capaz de formar quadros humanistas tecnicamente preparados e em um futuro próximo, haverá escassez até de mão obra qualificada para dar sustento ao desenvolvimento econômico social.

O ensino público é um sistema falido cujo objetivo parece ter se reduzido a diplomar semi-analfabetos para mascarar o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH do país e fazer marketing político.

A falência do ensino público fundamental e médio tornaram o ensino superior inacessível para alunos oriundos da quase totalidade das escolas públicas e sem cidadãos tecnicamente e humanisticamente bem preparados fica difícil sonhar com um Brasil melhor do que em que hoje vivemos, pois nos encontramos em uma sociedade nacional violenta pelo fato da exclusão social ser quem dá o tom.

Temos 15% de analfabetos funcionais e a maior parte dos jovens não continuam os estudos após concluírem o primeiro grau no decadente sistema de ensino nacional, o que equivale a saírem da rede de ensino totalmente desqualificados e despreparados para a vida aqui fora, sendo que ela é mero reflexo do crônico descaso brasileiro com a educação.

Aqui todos os governantes exaltam o benefício da educação e apontam-na como a solução de nossos problemas nacionais, mas nem todos eles parecem de fato engajados em sua melhoria.

No Brasil a maior parte das nossas escolas não passam de meros depósitos abandonados a "abrigar" os nossos jovens e estes são o nosso futuro enquanto povo. É isto que queremos para os nossso filhos e netos? Qual é o futuro que os aguarda enquanto nação?

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