quinta-feira, 10 de março de 2011

São Vicente revela povoado construído antes do início oficial da colonização do Brasil

Arqueólogo trabalha no que restou da residência mais antiga do Brasil: uma parede confirma a existência de um povoado, de 10 a 12 casas, descrito em documento de 1526

Descoberta arqueológica confirma a existência de povoado construído por portugueses antes do início oficial da colonização do Brasil.

Arqueólogos brasileiros identificaram aquela que pode ser a casa mais antiga do país. A construção situada em São Vicente, na Baixada Santista, teria sido erguida entre 1516 e 1520, antes mesmo da chegada de Martim Afonso de Sousa, fundador da vila, em 1532.

As escavações foram realizadas nos fundos da Casa Martim Afonso, edificação tombada no início do ano passado.

Ao explorar a área, arqueólogos descobriram uma parede, datada do século XVI, que confirma a existência de um povoado de 10 a 12 casas no local, descrito em um documento de 1526.

Supõe-se que essa seja uma parte da Casa do Bacharel, residência do degredado Cosme Fernandes, que teria chegado em São Vicente antes de Martim Afonso.

O “Bacharel”, como era conhecido, é citado em documento de 24 de abril de 1499 que relata uma viagem não oficial do explorador português Bartolomeu Dias ao Brasil.

O degredado teria usado o povoado como entreposto para navegadores, para quem também oferecia seus préstimos de intérprete de línguas indígenas.


TRECHO DA CARTA DE DIEGO GARCIA - Documento espanhol datado de 1527:

... "E de aqui fuemos á tomar resfresco en S. Vicente
qaesta em 24 grados, e alli vive un Bachiller e unos
Yernos suyos mucho tiempo ha que ha bien 30 anos, é
alli estuvimos hasta 15 de Enero dei ano siguiente de 27
é aqui tomamos mucho refresco de carne e pescado e de
las vituallas de la tierra para provision de nuestra nave,
é agua é leha, é todo lo que ovimos menester, é compre
de un yerno deste Bachiller un vargantinque mucho
servido nos hizo, e mas el propio se acordo con nosotros
de ir por légua aí rio y este Bachiller con sus Yernos, y
hicieron comigo una carta de fletamiento para que las
trnxese en Espana con la nao grande ochocienthos es-
clavos, é yo la hice con acuerdo de todos mis offícialis é
contadores é tesoreros que allegando en el rio mandasemos
la nao porque la nao no podia entrar en el rio, porque
muchas vezes les dixe ai Conde D. Fernando e a los
yactores que hicieron el armada, que aquella nao no
podia entrar el rio que era mui grande, y ellos no qui-
sieron sino hacermela llebar cargada con esclavos e asi lo
hice que la mande cargada de esclavos, porque ellos no hi-
cieron ni me dieron la armada que S. M. mando que me
diesen, elo que com ellos yo tenia capitulado concertado é
asentadoe firmado de S. M., mas antes hicieron lo contrario
que me dieron la nao grande e no conforme á lo que S. M.
mandava, e nome la dieron en tiempo que les fue mandado
por S. M. que me la diesen en entrando setiembre,
y ellos me la dieron me diado Enero que no me podia yo
aprovechar delia porque aqui V. M. lo vera por esta ne-
vegacion y esta uua gente alli con el Bachiller que comen
carne umana y es mui buena gente amigos mucho de los
cristianos que se llaman Topies." ...

0 comentários :

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles