quinta-feira, 10 de março de 2011

Chuvas causam desabastecimento e isolam sete aldeias de índios no Mato Grosso


Sete aldeias de índios das etnias cinta-larga e arara estão isoladas no Mato Grosso. Segundo a Funai, só é possível chegar ao local de helicóptero. Os acessos às aldeias estão alagados devido às fortes chuvas que atingem os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em Colniza, no Mato Grosso, supermercados já estão limitando a venda de produtos, para evitar desabastecimento. O comprador pode levar no máximo 5 quilos de feijão e três pacotes de arroz.

No distrito de Guariba, em Colniza, 8 mil pessoas estão isoladas após a queda de uma ponte de madeira, levada pelas águas do Rio Aripuanã. Os 13 mercadinhos de Guariba estão com as prateleiras vazias. A viagem até Colniza só pode ser feita de moto. A população gasta pelo menos R$ 35 com o serviço de barqueiros, para fazer a travessia de áreas alagadas.

Segundo a assessoria da prefeitura de Colniza, a única forma de deixar ou chegar ao distrito de Guariba é de barco e a maior preocupação é quanto ao abastecimento de óleo combustível, usado na geração de energia e cujos estoques normalmente são calculados para 15 dias. Ruas e avenidas de Colniza também foram danificadas pelas chuvas que atingem a região. A Prefeitura promete colocar uma balsa para fazer a travessia do Rio Aripuanã em dois meses. Um barco está sendo montado para oferecer o serviço à população.

No Mato Grosso do Sul, várias cidades estão em situação crítica por causa das chuvas. Pelo menos 66 mil pessoas são afetadas por alagamentos . Os municipios Anastácio e Dois Irmãos do Buriti decretaram situação de emergência. Também devem divulgar o decreto as cidades de Coxim, Aquidauana e Paranaíba.

Duas pessoas estão desaparecidas no estado - um rapaz de 19 anos e um idoso, de 70 anos. Eles teriam sido arrastados por correntezas de rios no norte do estado, onde chove há mais de uma semana.

As cidades em pior situação são Aquidauana e Anastácio. O Rio Aquidauana está 10 metros acima do nível normal. O governo do estado anunciou que começará a enviar alimentos, água e roupas para os desalojados. Doze municípios devem decretar situação de emergência. Lavouras foram destruídas em pelo menos 30 cidades, acumulando prejuízos.(G1)

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