sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A hora de Fernando Guimarães


Do Zé Beto:

A posse do conselheiro Fernando Augusto Mello Guimarães no Tribunal de Contas do Paraná, que acontece agora no Centro Cívico, pode ser considerado um marco no âmbito dos poderes no Paraná. Não que ele vá revolucionar os procedimentos daquela Corte, mesmo porque ele está presidente e, por enquanto, há mais cinco conselheiros que têm o mesmo poder. O que deverá acontecer, é uma administração onde vai se valorizar ainda mais o corpo técnico do TC e a ingerência política, que acontece em todos os tribunais do país, pela maneira como são escolhidos os conselheiros, esta vai encontrar ali o primeiro presidente do TC do Paraná que entrou por concurso público no Ministério Público de Contas e mostrou, desde que isso aconteceu, há 11 anos, que a prioridade é fazer cumprir o papel a que se destina o Tribunal, ou seja, fiscalizar a aplicação do dinheiro público. Na entrevista coletiva que deu antes de tomar posse, Guimarães citou o TC do Distrito Federal como exemplo, pois ele é eminentemente técnico. Aqui não é: dos outros cinco conselheiros, quatro foram deputados estaduais e o outro entrou na cota da dupla Lerner/Requião. Mas, uma frase ele deixou no ar para que fosse bem ouvida: é preciso se mudar os costumes e conceitos. Se vai conseguir ou não, isso só o tempo e seu mandato dirão. Mas o conselheiro Fernando Guimarães sempre soube que, além da vontade própria, carrega consigo a expectativa daqueles que esperam do Tribunal de Contas pelo menos um trabalho que tenha como efeito o enterro do apelido depreciativo de “Tribunal Faz de Contas”. Capacidade intelectual, experiência e coragem não faltam ao novo presidente. Nunca é demais lembrar que, numa refrega com o então governador Roberto Requião, que o chamou de “Menino Mandu”, o conselheiro foi à edição seguinte da Escola de Governo, sentou na plateia e ficou esperando ser cutucado de novo. Ao signatário, disse, dali, por telefone, que se fosse citado, subiria no palco para explicar o assunto ao governador. Não houve citação. Essa convicção o fez revelar, no programa “Musga da Cachola”, que entrou para o serviço público porque via que havia muita coisa a ser mudada. A hora chegou.

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