sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mounir Chaowiche: 'Déficit habitacional do Estado é estimado em 250 mil unidades'


ENTREVISTA DE MOUNIR CHAOWICHE, FUTURO SECRETÁRIO DA HABITAÇÃO DO PARANÁ, AO JORNAL O ESTADO DO PARANÁ:

Luciana Cristo

Nomeado para a presidência da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) a partir de janeiro, Mounir Chaowiche promete uma política mais agressiva, com maior volume de obras e diz que vai em busca de mais recursos. Depois de ter a primeira conversa oficial com o atual presidente da companhia, Everaldo Moreno, Chaowiche conversou ontem com O Estado.

O Estado - A Cohapar recebeu diversas críticas nos últimos tempos por problemas de gestão, que apontavam inclusive a quebra da instituição. Que mudanças serão necessárias para reestruturá-la?

Mounir Chaowiche - Teremos um processo mais ágil para cumprir o plano de governo. O governador Beto Richa estabeleceu a política habitacional como uma de suas prioridades, como foi em Curitiba.

Pretendemos desenvolver um volume maior de obras para fazer frente ao déficit habitacional do Estado, estimado em 250 mil unidades. Se implementarmos uma política duradoura e agressiva poderemos reduzir esse déficit, concentrando investimentos para as famílias de menor renda.

Alguns projetos estão com cronograma de obras atrasado e precisam de um ritmo mais veloz. Também precisamos de um incremento de recursos. Isso quer dizer investimento maior do Estado e busca de recursos junto ao governo federal, além da possibilidade de recursos internacionais, como do BID e da Agência Francesa de Desenvolvimento.

Outra vertente será a regularização fundiária, com entrega do título de propriedade. Em boa parte do Paraná há núcleos habitacionais consolidados, mas sem registro.

OE - O que influenciou no atraso das obras?

MC - Além do orçamento, um problema sério é a falta de mão de obra. Em função do incremento da política habitacional com obras do PAC e outras de habitação, cresceu a demanda pelo serviço, o que provocou atraso nas obras.

OE - Na Região Metropolitana de Curitiba há um grande déficit habitacional e os grandes mananciais e áreas de preservação são características que dificultam o setor da habitação. Como agir na região, como no caso de Piraquara, anunciada como uma das maiores obras de urbanização do Brasil?

MC - Devemos nos debruçar sobre o projeto do Guarituba, em Piraquara, pelo tamanho, complexidade da obra e condição de vida das famílias. Precisamos finalizar obras que estão em andamento há dois ou três anos e, paralelamente, precisamos de forte incremento em novos projetos.

O objetivo para a RMC é promover uma política integrada, como também deveremos fazer para as regiões de Londrina e Maringá. Não podemos mais pensar em política individual por município.

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