sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Caso de assassinato da médica em Mafra é cercado de mistério


ROELTON MACIEL/DC

Assassinato por conhecidos, ladrões e até suicídio são as hipóteses levantadas pela polícia

A sala vazia no posto de saúde do Bairro Vila Nova, em Mafra, ainda guarda lembranças da médica Simone Paschoal Pereira, 31 anos, encontrada morta na terça-feira passada. Ela atendeu pacientes pela última vez em 19 de novembro, numa sexta-feira, e depois foi para casa.

Simone voltou ao postinho à noite para buscar uma pasta com receitas médicas que havia esquecido. Trocou algumas palavras com outros funcionários e logo se despediu. Aquela foi a última vez que os companheiros de trabalho a viram. A médica ficou sumida três dias. O corpo dela foi localizado na segunda-feira no Rio Negro, entre as cidades de Rio Negro (PR) e Mafra, no extremo-norte de SC.

Por enquanto, uma pergunta ainda intriga a polícia e se repete pelas ruas de Mafra: quem era a médica que virou o assunto mais comentado da cidade? A resposta está nas lembranças das pessoas que conviveram com ela nos últimos anos.

– Era uma pessoa humilde, preocupada, sabe? Os pacientes diziam que ela era insubstituível) – diz Grasielly Cristina Alves, 20 anos, recepcionista do postinho onde Simone trabalhou por três anos.

Os colegas na área a descrevem como uma médica atenciosa com pacientes e também com outros funcionários. A hipótese de suicídio ainda não foi completamente descartada pelos investigadores, mas os colegas e amigos da médica não acreditam que ela possa ter tirado a própria vida. Simone planejava fazer uma confraternização de amigo secreto com companheiros de trabalho para o encerramento do ano na próxima sexta-feira. Também tinha planos de passar o Réveillon em Rondônia com a família.

Ela criava os dois filhos pequenos desde que o marido morreu num acidente de trânsito, em agosto. Nos últimos tempos, parecia ter superado a perda do pai das crianças e voltou a sair com as amigas. Na noite em que desapareceu, ela enviou uma mensagem por celular para uma amiga. “Vamos fazer o que hoje?”. Os planos para a noite foram adiados porque Simone estava com problemas digestivos, e acabou ficando em casa.

A médica pegaria férias em dezembro e já tinha voo marcado para ir a Rondônia com os filhos no dia 10 de dezembro. Os avós paternos estão cuidando das crianças em Mafra, onde moram, e já pediram para ficar com a guarda do menino e da menina.

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