quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Entrevista com Luiz Carlos Hauly, futuro secretário da Fazenda do Estado do Paraná:

Luciana Cristo/Paranáonline

Ainda comemorando a nomeação como secretário de Estado da Fazenda, o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB) afirmou em entrevista a O Estado que pretende uma gestão, acima de tudo, com senso de responsabilidade.

Especialista em orçamento e secretário de Estado da Fazenda no período de 1987 a 1990, durante o governo de Álvaro Dias, Hauly comentou que deve manter uma tributação maior para produtos como cigarros, bebidas alcoólicas e gasolina e continuar com a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para eletrodomésticos e produtos de higiene, por exemplo, medidas tomadas pelo governo Requião.

O Estado - O governador eleito Beto Richa já sinalizou que a tributação mais alta para alguns produtos e a isenção do imposto para outros, algo que deu certo no governo atual, será mantida. O senhor tem, inclusive, uma proposta de reforma tributária que ainda não foi votada na Câmara dos Deputados. O senhor pretende implantar alguns pontos desse projeto aqui no Paraná?

Luiz Carlos Hauly - Seguindo orientação do governador eleito, vamos manter a tributação dos produtos na linha do que já foi feito, ele que vai determinar o que pode e o que não pode ser feito.

Há dois anos o governo do Paraná colocou em prática parte da minha proposta do ICMS, o que é hoje a mais consagradora proposta implantada no Brasil. Mas foi aplicado apenas um terço do meu projeto, temos outros dois terços pela frente.

Podemos avançar muito nesse campo, transformando esse imposto em sinônimo de melhoria para o povo, um instrumento de desenvolvimento econômico e social.

OE - Como avançar nessa proposta?

LCH - Precisamos do entendimento com secretarias da Fazenda de outros estados, trabalhando conjuntamente. Vai ser preciso um processo de convencimento de outros secretários, mas somente depois de fazer um exercício dos números da situação atual do Estado, tornando o sistema mais eficiente, com menos sonegação e melhor distribuição de renda.

OE - O senhor pode adiantar que mudanças podem vir por aí?

LCH - Ainda não tenho avaliação, não deu tempo de estudar os problemas da Secretaria da Fazenda ou de me reunir com os integrantes da equipe de transição, mas queremos envolver trabalhadores, empresários, profissionais liberais e demais segmentos nessa discussão.

Vamos buscar inovações aliadas à transparência total e absoluta. Precisamos distribuir melhor a riqueza entre os paranaenses, com uma gestão econômica eficiente.

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