segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Curitiba é destaque em revista do Ministério da Saúde


A integração do atendimento dos pacientes com HIV / Aids à rede primária de atenção à saúde de Curitiba, formada pelas unidades básicas e de Saúde da Família, é um dos destaques da edição de 2010 da revista Resposta +. Editada a cada 2 anos pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a publicação compartilha experiências inovadoras e bem-sucedidas de governos, profissionais de saúde, voluntários e cidadãos em geral e que podem inspirar outras ações.

A reportagem destaca o efeito do atendimento integrado à atenção primária sobre o enfrentamento do estigma que ainda cerca, em determinados segmentos, as pessoas portadoras do vírus ou que já desenvolveram aids. Quem já começou a manifestar os sintomas passa a ser acompanhado nos cinco ambulatórios especializados, mas os outros aspectos da saúde - como ir ao dentista - são tratados nas 108 unidades básicas e de Saúde da Família.

"As pessoas convivendo com HIV/ Aids que procuram nossa rede de atendimento são como as demais. A exemplo dos outros pacientes em condições crônicas de saúde, elas continuarão frequentando nossos serviços de saúde por muito tempo", diz a secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas.

Universo - Pessoas com HIV / Aids passam, todos os dias, pelas 108 unidades de atenção primária e pelos ambulatórios da Secretaria Municipal da Saúde, que desenvolveu um protocolo para orientar as equipes de atendimento. O conjunto de diretrizes para padronizar as ações dos profissionais de saúde foi adotado em 2002, 1 ano após as unidades de atenção primária passarem a oferecer o exame para diagnóstico de HIV / Aids.

No ano passado, o Laboratório Municipal fez 55,4 mil testes. Apenas o Centro de Orientação e Aconselhamento (COA) faz o teste rápido, no próprio local. O acompanhamento mostra que a média de positividade na população em geral é de 0,86% (2,73% nos homens e 0,44% nas mulheres). A taxa de incidência é de 19 para cada 100 mil habitantes. Atualmente há 4.127 pessoas sob acompanhamento nos ambulatórios. Os dados são de 2009.

Prevenção para todos - Na rede municipal de saúde de Curitiba, a prevenção da aids começa no pré-natal, por meio dos exames a que toda a gestante precisa se submeter, e abrange todas as faixas etárias. O objetivo é reduzir as chances de que mais pessoas contraiam o vírus e, se isso não for possível, que elas comecem o acompanhamento clínico o mais rápido possível.

Se o teste de HIV da gestante der positivo, além do bem-estar da mãe o foco passa a ser a redução das chances da transmissão vertical do vírus (da mãe para a criança). Isso se dá com a programação do parto cirúrgico, medicação específica para o bebê e inibição da lactação, já que a mãe portadora do vírus não pode amamentar. Essas condutas reduziram a taxa de transmissão, que pode chegar a 30% dos bebês filhos de mães soropositivas, para 4%.

Na pré-adolescência, por meio do programa Adolescente Saudável, os estudantes são orientados sobre a importância do exercício da sexualidade responsável. O objetivo é prevenir gravidez não planejada, doenças sexualmente transmissíveis e aids e hepatite. A prevenção da aids também é tema dos folhetos educativos e das palestras rápidas feitas nas salas de espera das unidades para sensibilizar adultos jovens e idosos.

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