segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O Osmar questiona a concentração de riquezas pelo grande capital e a política de desenvolvimento dos governos federal e estadual

Alguns Desafios

O Paraná é um estado privilegiado pelo valor de seu povo, por suas riquezas naturais e por sua capacidade produtiva. Está entre as maiores economias do país, ocupa a liderança na produção de grãos, é o principal produtor agrícola brasileiro e já se transformou num importante centro industrial nacional. Porém, é um estado muito desigual, social e economicamente, e cuja prosperidade está muito concentrada.

Mais de 70% do PIB estadual é gerado em três regiões (metropolitana de Curitiba, norte central e oeste), sendo que 60% do PIB industrial está concentrado em dez municípios. Somente a microrregião de Curitiba, com apenas 19 cidades (4,8% do Paraná), abriga 30% da população e responde por 43% da atividade econômica estadual medida pelo VAF (valor adicionado fiscal).

No tocante aos indicadores estaduais de saúde, educação, emprego e renda, baseados no IFDM (Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal), o Paraná está bem posicionado em relação a outros estados brasileiros. Em 2006 esse indicador no âmbito nacional era de 0,7376 e o paranaense de 0,8074.

De outro lado, ainda com base no IFDM, 87% das cidades paranaenses apresentavam um índice de desenvolvimento abaixo do indicador nacional e 97,5% do estadual. A grande maioria dessas cidades (98%) estava abaixo do indicador estadual no tocante ao emprego e renda, 52% abaixo em saúde e 44% em educação.

A situação estadual, frente à maioria das cidades, evidencia a desigualdade presente no território paranaense. Além disso, essas desigualdades têm aumentado regionalmente e até mesmo internamente nas cidades mais prósperas.

É também possível antever agravamento dos desafios nas grandes regiões metropolitanas. Segundo estudos recentes, Curitiba e cidades adjacentes terão mais de quatro milhões de habitantes em 2020. Por outro lado, nos últimos anos um expressivo número de municípios paranaenses perdeu população e dinamismo econômico.

Apesar dos avanços sociais, muitas famílias paranaenses ainda não têm sua própria casa, convivem com a criminalidade crescente e enfrentam a invasão das drogas nos seus lares. Para muitos jovens faltam perspectivas de futuro e, infelizmente, resta a marginalidade e a exclusão social.

Além disso, a segurança, saúde e outros serviços públicos ainda são ofertados de forma insuficiente frente à crescente demanda e a qualidade da educação, ainda deixa desejar. A grande maioria dos paranaenses necessita de ensino com qualidade e profissionalizante.

De outro lado, ainda persistem grandes desafios governamentais, como a baixa capacidade de investimento; reduzida atratividade para novos empreendimentos; falta de planejamento estratégico; crescentes passivos oriundos do pedágio, venda do Banestado e de partes da Sanepar e Copel, entre outros.

Hoje são necessárias profundas mudanças nessa realidade. Além de atender às demandas emergenciais da população, é preciso retomar o desenvolvimento, com igualdade de oportunidades, elevando a qualidade de vida da população e atenuando as desigualdades econômicas e sociais.

Site do Osmar:

http://osmardias.com.br/alguns-desafios/

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