terça-feira, 10 de agosto de 2010

Marina diz que combateu mensalão “por dentro”


Eduardo Militão

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse, na noite desta terça-feira (10), que não silenciou durante a crise do mensalão – denúncia do Ministério Público segundo a qual o governo comprou votos de deputados para aprovar projetos de seu interesse no Congresso. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, a ex-ministra do Meio Ambiente do PT disse que não foi ouvida à época, dentro e fora do governo. E afirmou que combateu, "por dentro", as práticas que condenava mesmo ignorada.

“Não foi conivência e também não foi silêncio. Quando eu me pronunciava, eu não tinha ninguém para me dar audiência e potencializar minha voz”, disse Marina. “Sempre dizia que aquilo era condenável, que deveria ser investigado e que deveriam ser punidos todos os que praticaram irregularidades.” A ex-petista ressaltou que havia pessoas, como ela, que não praticaram “o mesmo erro”.

Questionada pelo apresentador William Bonner porque se manteve no governo e no PT, enquanto outros partidários abandonaram a sigla, Marina enfatizou: “Eu permaneci no partido e fiquei igualmente indignada”. E continuou: “Fiz o combate a minha vida inteira contra a corrupção. Ninguém pode se vangloriar de ser honesto. Eu permaneci para dar a contribuição que achava que ainda poderia dar dentro do governo, mas não por ser conivente.”

Marina disse que seu desconforto ético com o mensalão foi forte. “Foi forte, sim. Mas eu sabia que estava combatendo por dentro e que conseguiria ser vitoriosa. Primeiro, porque eu não tinha praticado nenhuma irregularidade.” Marina disse que só saiu do partido quando viu que não era possível continuar lutando pelas ideias que defendia.

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