sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Frutos do mar pedem temperos bem sutis

Eles são as estrelas dos cardápios litorâneos nesta época do ano. Leves e saborosos, os frutos do mar combinam com o verão. E não é só isso: ricos em proteínas de alta qualidade e pobres em calorias, eles são excelentes fontes de ômega 3, vitaminas e sais minerais. Uma boa opção para quem busca um cardápio agradável e saudável.

Permitir uma grande variedade de combinações e sabores é a grande vantagem dos frutos do mar para a chef Eva dos Santos, do Bistrô do Victor. Ela diz que os ingredientes simples realçam o sabor do produto, sem se sobressairem. “Não use molhos carregados e temperos fortes, que destoam. Use legumes orgânicos, ervas frescas e um bom azeite”, recomenda.

Especializado em frutos do mar, o restaurante Vivere Parvo tem as ostras como atração principal. Localizado em meio à Mata Atlântica, na comunidade de Cabaraquara, em Guaratuba, o espaço fica a poucos metros dos cultivos de ostras que abastecem a região e a cozinha do chef Marcelo Monteiro, criador de inúmeras receitas, incluindo 16 pratos com o molusco. “Alho, limão, pimenta- do-reino, vinho branco e manteiga. É incrível a quantidade de va­­riações que podem ser feitas so­­mente com esses ingredientes.”

Benefícios

O consumo frequente de frutos do mar pode fornecer ao organismo uma variedade considerável de vitaminas (A, complexo B, D e E) e sais minerais, como ferro, zinco, iodo, cálcio potássio e magnésio. “O ômega 3 traz benefícios à saúde, atua na diminuição do risco de doenças cardiovasculares, contribuindo para normalizar os níveis de colesterol e triglicérides no organismo”, afirma a nutricionista Lili Purim, presidente do Conselho Regional de Nutrição.

Alergia

Apesar dos benefícios, quem consome frutos do mar não está livre de sofrer reações alérgicas como vermelhidão, coceira intensa na pele, vômito, diarreia, tosse, falta de ar, inchaços e até queda brusca da pressão arterial. Loraine Landgraff, especialista em alergia e imunopatologia do hospital Vita Batel, em Curitiba, explica que o que ocorre é a “sensibilização após o consumo do fruto do mar ao longo do tempo, com desenvolvimento de anticorpos contra uma proteína presente nesses animais”, diz.

Depois desse período, a pessoa passa a ter alergia cada vez que consome o alimento. A orientação, segundo Loraine, é procurar ajuda médica diante do aparecimento de qualquer um desses sintomas, que são combatidos com injeções de adrenalina.

Cuidado garante qualidade dos produtos

Na hora da compra, a chef Eva dos Santos, do Bistrô do Victor, ressalta a importância de conhecer a procedência do produto. A orientação para produtos in natura é olhar, cheirar e tocar o produto para fazer uma boa escolha. “Os frutos do mar precisam ter cheiro de maresia”, afirma a chef.

Os moluscos – ostras, mariscos e vieiras –, devem estar fechados, a concha aberta é indicativo de que o animal está morto, impróprio para o consumo. No caso das ostras, a duração dentro da concha é de apenas dois dias, se conservada na geladeira e sem adição de água. “O contato com a água doce pode matar o molusco”, alerta o chef Marcelo. Para abrir ostra in natura, a recomendação do chef é colocar as conchas numa panela com apenas dois dedos de água, independentemente da quantidade de ostras. Assim que começar a fervura o fogo deve ser desligado. Dessa forma as conchas se abrem mais facilmente.

A escolha do camarão é feita pelo cheiro e pela casca, que deve estar firme e estar presa ao corpo do animal. Se o camarão estiver amolecido, muito duro ou apresentar mau cheiro depois de cozido é sinal de que ele não é bom para o consumo.

Com relação ao caranguejo, a lagosta e o lagostim, quando não for possível comprá-los vivos, conhecer a procedência pode ser uma garantia da qualidade do produto.

No caso das lulas e polvos, a cor é um bom indicativo. As lulas devem estar com cor arroxeada mais clara e os polvos com cor branca ou perolada. “O polvo é um caso de fruto do mar que fica melhor depois de congelado”, revela a chef Eva. O molusco pode ser descongelado e cozido somente na hora da utilização, ao bafo, para evitar a textura borrachuda.

Fácil de fazer

Receitas de ostras frescas e camarão do Chef Marcelo Monteiro, do Vivere Parvo:

Ostras especiais

Carmel: mel e queijo gorgonzola.

Provençal: alho picado, ervas finas e azeite de oliva.

À Parvas: vinagrete, ervas finas, queijo parmesão, e azeite de oliva.

Preparo

Nas três receitas, é só lavar as ostras frecas, abri-las, acrescentar os ingredientes e levar ao forno por 15 minutos.

Camarão

Com ervas: limão, alho, ervas finas, sal, manteiga, alecrim.

Preparo

Tempere o camarão com ervas finas, limão, sal e alho. Depois frite o camarão na manteiga e acrescente o alecrim. (GP)

0 comentários :

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles