quinta-feira, 2 de junho de 2011

O nojento preconceito racista contra os negros e como ele se expressa no mercado de trabalho e em outras relações sociais


Ontem depois de assistir mais um capítulo da novela Amor e Revolução, que por ser ficção a realidade que retrata é muito mais amena que a vida real, do que aconteceu de fato com o nosso país nos anos de chumbo, cujas lembranças ainda estão muito vivas nas mentes e corações dos que pelos órgãos de repressão da ditadura foram diretamente vitimados, o que também é o meu caso, assisti uma reportagem especial do Cabrini sobre o preconceito racial no Brasil. Como já estava angustiado pelas lembranças de um passado nada distante fiquei ainda mais pensativo sobre o nosso passado e no pensamento viajei a um passado distante de dominação, violência, exploração e preconceito, que ainda muito vivo permeia a nossa sociedade, as imundas heranças do escravagismo. Logo cedo ao abrir a minha caixa de mensagens deparei com uma postada pelo meu amigo Geraldo Serathiuk e o tema da reportagem do Cabrini voltou a tona e agora as 6;30 resolvi escrever sobre o tema tão necessário de ser abordado.

O que o Geraldo postou:

Billie Holiday contra o racismo da Ku Klux Kan

“Na década de 30, Abel Meeropol, um professor judeu do ensino médio do Bronx, em NY, colocou os olhos em uma das mais dantescas imagens do século 20: uma foto em que dois negros americanos pendem de uma árvore, depois de linchados por uma multidão em Indiana, no sul dos EUA. Sob o pseudônimo de Lewis Allan, ele escreveu ‘Strange Fruit’, que expressa o seu horror. Foi sua primeira, e única, canção gravada.

Ao descobrir e emprestar sua voz para ‘Strange Fruit’, Billie Holiday transformou num hino contra o racismo e numa das mais populares canções americanas. Não foi fácil: temendo represálias no sul, a Columbia, por onde ela lançava discos, não quis gravar a música; Billie recorreu à Commodore, selo alternativo de jazz. Era sempre a última música de seus shows. Ela exigia que os garçons parassem de servir e que as luzes se apagassem. Um foco de luz iluminava seu rosto e Billie entoava os versos da canção:

Fruta Estranha - Strange Fruit

Árvores do sul produzem uma fruta estranha,
Sangue nas folhas e sangue nas raízes,
Corpos negros balançando na brisa do sul,
Frutas estranhas penduradas nos álamos.

Cena pastoril do valente sul,
Os olhos inchados e a boca torcida,
Perfume de magnólias, doce e fresca,
Então o repentino cheiro de carne queimando.

Aqui está a fruta para os corvos arrancarem,
Para a chuva recolher, para o vento sugar,
Par o sol apodrecer, para as árvores derrubarem,
Aqui está a estranha e amarga colheita.”

Na reportagem do Conexão Reporter dois atores foram às ruas para saber se o racismo velado existe no Brasil e o trabalho jornalístico feito pelo Cabrini, embora importante pela necessidade de se discutir o tema, do ponto de vista do que se revelou não teve nada de novo, pois só demonstrou que o racismo em um país onde segundo o Projeto Genoma mais de 80 % da população possui características genéticas herdadas dos povos africanos continua mais vivo do que nunca.

Nas filmagens foi utilizado o trabalho de dois atores, sendo um negro e um branco. Em um dos testes, eles entraram em uma concessionária de carros de luxo e a forma - bem diferente - como foram tratados foi impressionante. Roberto Cabrini foi até a loja passar a história a limpo, mas na hora em que o repórter foi à loja confirmar a prática racista adotada pelo vendedor este hipocritamente escamoteia o que anteriormente havia dito. O ato praticado pelo vendedor, nada diferente de outras situações onde o preconceito camuflado ou não aflora na reportagem, é apenas um retrato do que no dia a dia os negros passam no Brasil, um páis onde os negros e seus descendentes, pouco importando se o rótulo que se dá a eles seja negro, mulato, pardo, etc. são a maioria.

Em outra parte da reportagem os dois atores, vestidos com roupas iguais, mas em momentos diferentes, são escalados para ficarem parados na porta de edifícios de luxo, mas os seguranças dos prédios só foram abordar o negro, sendo que este nada fazia demais e estava na calçada, que é um bem público.
Entre as lembranças que a reportagem me trouxe veio a tona um fato que aconteceu com um amigo da época em que morei na CEU (Casa do Estudante Universitário). Este colega era negro e enquanto estudante de Engenharia Mecânica era um brilhante aluno que soube durante a vida superar a todos os obstáculos que a sociedade injusta lhe impôs, inclusive o fato de seu pai ser um pobre operário ferroviário, de ter sempre estudado em escola pública, de não ter feito o cursinho para entrar na universidade Federal, dos poucos recursos que dispunha para estar estudando, etc.. Para se manter o acadêmico dava aluas particulares para os seus colegas de turma.
Ao ir dar uma destas aulas em um prédio de luxo onde morava o colega de turma ao chegar a portaria e perguntar sobre qual era o apartamento onde residia o seu colega e aluno já foi mal recebido pelo porteiro cheio de perguntas sobre o que ele queria.
Feito o contato pelo interfone foi autorizado o acesso ao prédio, mas ao o meu colega de CEU se dirigir ao elevador principal o porteiro lhe disse que o elevador principal estava quebrado e que era para ele pegar o de serviço, o que foi feito. Uma semana depois voltando ao prédio para nova aula novamente ao se dirigir ao elevador principal recebeu mais uma vez a informação de que o elevador estava quebrado, mas ao ficar esperando o de serviço o elevador principal chegou trazendo alguns moradores do prédio, o que deixou claro o fato do preconceito racial. Indignado o meu amigo de CEU se dirigiu ao elevador principal e foi barrado pelo porteiro que lhe disse que sentia muito, mas que tinha de obedecer a ordem do síndico e está é que era para os negros que visitassem o prédio serem encaminhados ao elevador de serviço.
Com justa razão ficando revoltado com a situação ele foi embora e voltando a CEU conversou com alguns colegas e em grupo os ceuenses se dirigiram ao prédio onde havia ocorrido a discriminação racial e houve uma justa confusão e o porteiro foi obrigado a chamar o síndico, que era um “digno representante da raça ariana”, mas este, covarde, não quis assumir as ordens que tinha dado ao porteiro e neste quis jogar toda a responsabilidade sobre o lamentável fato ocorrido.

No mesmo ano em que aconteceu o triste episódio envolvendo o amigo morador da CEU havia ocorrido outro fato semelhante em uma boate, mas este virou notícia, pois a jovem repórter que foi barrada por ser negra trabalhava em um importante meio de comunicação.

Todos estes graves casos de preconceito racial infelizmente não são exceções, mas sim a regra enfrentada pela população negra do Brasil todos os dias nas filas de emprego, nas escolas, no ambiente de trabalho, nas abordagens policiais, etc..

Os negros que tanto contribuíram e contribuem em todos os aspectos para o desenvolvimento do Brasil continuam sendo discriminados e vivendo a margem da sociedade e as elites desta, branca, criminosamente hipócrita continua afirmando que “no Brasil não existe preconceito racial”.

Dados que deixam evidente a discriminação racial no mercado de trabalho:

População Negra e Não-Negra no Mercado de Trabalho

Diferenças de oportunidade, exclusão social e racial (Regiões Metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Recife).

O presente estudo temático reúne informações estatísticas a respeito da participação da população negra no mercado de trabalho brasileiro, e mais especificamente, da região metropolitana de São Paulo. Os dados sistematizados para abordar o tema referem-se aos índices de desemprego da população negra, níveis de escolaridade, remuneração, tipo de ocupação e participação nas esferas de decisão empresariais.
O objetivo é apontar as diferenças entre a população negra e não negra (seguindo a divisão estatística proposta pelo Seade-Dieese, que agrupa as categorias do IBGE pretos e pardos como negros e brancos e amarelos como não-negros), dando ênfase a desigualdade de oportunidades.

Os estudos sobre o tema apontam para uma redução das diferenças de acesso ao mercado de trabalho entre a população negra e não-negra nos últimos 20 anos. Todavia, a disparidade ainda é elevada e sugere que sem um conjunto consistente de políticas afirmativas não será superada em um futuro próximo.

As regiões de Salvador e Recife possuem maior percentual de negros em idade ativa e economicamente ativos. Salvador possui 85,4 %de sua PEA ( População Economicamente Ativa) composta por negros. Recife possui 73,1%. A maior participação não se reflete, no entanto, em maior participação entre os ocupados. Os ocupados em Salvador representam 84,5% e em Recife 72,0%. Mas as diferenças maiores aparecem no percentual de desempregados: 89,2 % em Salvador e 77,7% em Recife. O fato de a população negra ter sua participação entre os desempregados superior, proporcionalmente, a sua participação na PEA, mesmo em um grupo populacional em que os negros são maioria, indicam a exclusão sofrida por esse grupo social.

Na Região Metropolitana de São Paulo , maior mercado de trabalho do país, os negros não compõem a maioria da PEA (População Economicamente Ativa). Em Belo Horizonte são maioria, mas em proporções menores do que em Salvador e Recife. Em ambas as regiões as diferenças são maiores que nas Regiões Metropolitanas de Salvador e Recife. Na RMSP, a participação dos negros na PEA (População Economicamente Ativa) é de 36,6% e nos desempregados é de 43,7. Na RMBH os negros são 57,6 da PEA e 64,7% dos desempregados. Nas duas regiões a diferença entre os negros na PEA e nos desempregados é de 7,1%, superior às diferenças de Salvador, 3,8% e Recife, 4,6%. Considerando-se que Belo Horizonte e São Paulo possuem maior concentração de riquezas que Salvador e Recife, temos uma diferença maior, pois onde circula mais riqueza o negro é mais excluído.

As diferenças de participação entre negros e não negros no mercado de trabalho se reflete no nível hierárquico dos postos ocupados em grandes empresas. Pesquisa do Instituto Ethos / Ibope de 2010, realizada entre as 500 maiores empresas do país, comprova que os negros estão alijados dos principais postos de trabalhos do mundo corporativo. A participação dos negros decai conforme ascende o nível hierárquico dos cargos; os negros mesmo no quadro funcional possuem participação de 31%, isto é, tem participação restrita no mercado das grandes empresas.

Os dados da Pesquisa Emprego e Desemprego – PED (Dieese /Seade) confirmam esta tendência. Dados de 2008 comparando a população negra com a não-negra apontam para um predomínio de não-negros em cargos hierarquicamente superiores. Os não-negros também são predominantes nos cargos que exigem maior qualificação.

Os negros são minoria nos cargos de Direção Gestão e Planejamento em todas as Regiões Metropolitanas. A Região Metropolitana de São Paulo é a que possui o menor percentual de negros nestes cargos (5%). Nas Tarefas de Execução, os negros são maioria, todavia, quando se observa a subdivisão das Tarefas de Execução, os negros são minoria entre os Qualificados, em todas as Regiões Metropolitanas analisadas. Nas Tarefas de Apoio há pouca diferença entre o número total de negros e não-negros. Destaca-se a maioria de negros, em todas as regiões metropolitanas, na subdivisão Serviços Gerais, em geral a que requer menor qualificação e que possui menor remuneração.

Região Metropolitana de São Paulo:

A Região Metropolitana de São Paulo concentra o maior número de trabalhadores do país. Os negros representavam aproximadamente 35,5% da População Economicamente Ativa da região. No total de ocupados uma proporção similar (35,1%). Observa-se na mesma tabela dados sobre o setor de ocupação de Brancos e Negros (pelos parâmetros do IBGE), também com divisão de gênero.

A construção civil e os serviços domésticos são os que possuem o maior número percentual de negros em relação à participação total na PEA (População Economicamente Ativa) e no número de ocupados. A construção possui 51,1% dos postos ocupados por negros, majoritariamente homens. Os serviços domésticos tem percentual de ocupação por negros similar (50.3%), mulheres na quase totalidade.

Em Serviços, que é o setor da Região Metropolitana que mais cresceu nas últimas duas décadas, e que possui melhores remunerações médias, é o que tem menor participação de negros (30,7%), a maioria homens. Os outros setores da economia, Comércio e Indústria de transformação, possuem um percentual de participação negra semelhante a participação na PEA (População Economicamente Ativa).

Muitas das explicações sobre a desigualdade enfrentada pela população negra no mercado de trabalho apontam a formação como causa. O acesso desigual a educação de qualidade, isoladamente, é uma realidade que contribui para a manutenção da exclusão sofrida pela população negra. Porém, é importante notar que mesmo com igualdade no grau de escolaridade existe discriminação no mercado.

Na média geral, o nível de escolaridade é determinante na obtenção de melhores rendimentos. O rendimento médio dos brancos, em todos os níveis, é superior ao dos negros. No nível superior, a diferença é de R$ 16,17 para R$ 12,52. É importante notar que o gênero também é determinante nas diferenças. O Homem Negro tem remuneração média superior a das mulheres brancas em todos os níveis. A Mulher Negra é a que possui os piores rendimentos médios, sendo a diferença entre os homens brancos e as mulheres negras de R$ 19,58 para R$ 11,08.

Este estudo não se dedica a averiguar as causas para a diferença de tratamento entre negros e brancos no mercado. As principais são conhecidas de todos: o preconceito racial, e a desigualdade de oportunidades existente por razões históricas e sociais inerentes ao excludente modo de produção capitalista. No entanto, é importante que os dados da desigualdade se tornem públicos para que se justifiquem políticas afirmativas e para que se fortaleça a luta pela universalização da educação de qualidade. Diferenças de remuneração, de acesso a cargos, e mesmo de acesso a empregos, baseados na raça ou no gênero, demonstrados neste estudo, apontam para o longo caminho a ser percorrido para a consolidação de uma sociedade democrática. (Fonte: CEEP - Centro de Educação, Estudos e Pesquisas)

Outros dados vergonhosos para oa Brasil:

Outros dados assustadores:

Dados referentes nos Indicadores Sociais Mínimos do IBGE de 1996 mostraram que a taxa de mortalidade entre crianças negras e pardas no Brasil é dois terços superior à da população branca da mesma idade. Em outras palavras, até os 5 anos, elas têm 67% mais chances de morrer do que uma criança branca. O índice de mortalidade de crianças brasileiras pardas e negras de até 5 anos de idade é de 76 para cada mil nascida vivas. Entre as brancas, a taxa cai para 46 mortes em cada mil.
Também entre os adultos, os homens e mulheres negros estão em condições de maior desigualdade em nosso país. Dados do último censo realizado pelo IBGE em 1990, revelam que entre os brasileiros que contavam com carteira assinada, 58% eram brancos e 41% negros (34% considerados pardos mais 7% considerados negros). De cada 100 empregados, 51% sobreviviam com salário mínimo. Do total de trabalhadores que ganhavam um salário mínimo, 79% eram negros. A inserção no mercado de trabalho é precoce: as crianças brancas de 10 a 14 anos somam 14,9% e as negras 20,5%.
Na área educacional, em 1997, segundo o IBGE, 18% da população brasileira é analfabeta, sendo que entre os negros este percentual sobe para 35,5%, enquanto na população branca é de 15%. No outro extremo, 4,2% dos brancos e apenas 1,4% dos negros haviam alcançado o ensino superior. Em todos os níveis educacionais, a participação do segmento branco é nitidamente superior à do segmento negro. Essa desigualdade reflete-se no acesso ao emprego, aos serviços, aos direitos mínimos de cidadania e na participação no poder, além do aspecto ideológico, marcado pelos preconceitos e estereótipos.
Para exemplificar melhor esse fato, segundo os dados do IBGE de 1997, a média salarial da população branca no país foi de 600 reais por mês, já a média da população negra foi de 300 reais.
O conhecimento sobre as desigualdades raciais, que nos leva à constatação de que um trabalhador negro com formação universitária recebe o equivalente à metade do salário de um trabalhador branco com igual qualificação, comprova a teoria de que a discussão sobre a problemática racial não pode estar dissociada da luta pela igualdade de classes, principalmente porque muitos dos trabalhadores são negros.

Negros e violência

O professor Sérgio Adorno, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, há vinte anos vem pesquisando processos na justiça de São Paulo. Entre 1984 a 1988, num fórum de um bairro popular de São Paulo, a Penha, constatou que os negros que representavam 24% da população, participavam com 48% das condenações. Os nordestinos, que são em torno de 18% da população, respondiam por 27% das condenações. Cerca de 5% da população são aqueles cidadãos sem profissão, os chamados biscateiros, que a "justiça" chama de pessoas com "ocupação mal definida". De cada 100 condenados, 35 estavam nessa situação. Outro dado está na população carcerária do Brasil. O último levantamento do Ministério da Justiça indica que cerca de 65% da massa carcerária é de negros e 95% são pobres.

O professor Adorno analisou 500 processos criminais da Cidade de São Paulo, em 1990, e constatou que a maior parte dos réus, 38%, foi condenada por roubo qualificado, em que se usam meios violentos. Os negros são presos em fragrante com mais freqüência que os brancos, na proporção de 58% contra 46%. Isso sugere que recebem uma maior vigilância por parte da polícia. Constatou ainda que 27% dos brancos respondem ao processo em liberdade, enquanto só 15% dos negros conseguem esse benefício. Apenas 25% dos negros levam testemunha de defesa ao tribunal, que é uma prova muito importante, enquanto 42% dos brancos apresentam esse tipo de prova.
É fácil concluir dessa pesquisa do professor da USP que a questão racial tem mais peso do que a financeira. Os negros podem usar exatamente os mesmos direitos de um branco e ainda assim o resultado não será igual. 27% dos negros que contratam, segundo a pesquisa, são absolvidos; no caso dos brancos, a taxa de absolvição chega a 60%.
As condições em que os negros exercem sua cidadania precisam ser reconhecidas por todos como anômalas. Cálculos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2010, indicam que 96,7 milhões – o equivalente a 50,7% da população, são "pretos" ou "pardos" . No entanto, nas esferas de influência e de poder, a presença negra é restrita, para não dizer nula.

Embora ainda não sejam os números reais, pois muitos negros ainda não se assumem enquanto tal. o que também é fruto da discriminação que levam a muitos afro-descendentes a não se aceitarem como são,o Censo 2010 mostrou que pela primeira vez, o percentual de pessoas que se declararam brancas, caiu abaixo da metade: eram 53,7% no Censo de 2000, contra 47% agora. No Censo anterior os "pretos e pardos" correspondiam a 44,66%.

Segundo pesquisadores, o aumento do número de pessoas auto-declaradas pretas e pardas, deve-se ao fato de as pessoas estarem se assumindo sua verdadeira identidade étnico-racial e ao sentimento crescente de auto estima. A declaração da proporção de população negra aumentou, não porque aumentou a fecundidade do grupo, mas porque cresceu o sentimento de pertencimento.

Apesar de o Brasil ter 96,7 milhões milhões de negros há muitas injustiças contra eles como estamos vendo. Os negros são a maioria dos analfabetos, dos menores salários, nas prisões, nas favelas e nos subempregos e são minoria nas faculdades, entre os empresários, os heróis reconhecidos, os governantes, os bispos, generais, almirantes, brigadeiros e na mídia. Para corroborar essa afirmação, podemos citar Salvador, onde mais de 60% da população é negra, mas quase não há negros na administração municipal.

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