sábado, 14 de maio de 2011

Entenda como a taxa Selic afeta a sua vida

O que é:

A taxa Selic é a média de juros que o governo paga por empréstimos bancários. Quando a Selic cai, as intituições financeiras são impulsionadas a emprestarem dinheiro ao consumidor para conseguirem um lucro maior. Quando ocorre o contrário, a Selic aumenta, os bancos preferem emprestar ao governo, que paga bem e oferece mais garantias. Assim, haverá menos dinheiro disponível e o crédito oferecido às pessoas físicas ficará mais caro.

Impacto na economia:

A medida funciona também como um mecanismo, utilizado pelo Banco Central (BC), para controlar a inflação ou, ainda, para estimular a economia. A Selic é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influência sobre as outras taxas de juros usadas no país: cheque especial, crediário, cartões de crédito e poupança, por exemplo.
E para o consumidor:
Se os juros caem, a população tem maior acesso ao crédito e consome mais. Mas, de acordo com a lei da oferta e procura, quanto maior for a demanda, maiores os preços de produtos e serviços. Resultado: inflação. É isso que aconteceu nos últimos meses. O temor do governo diante desse cenário motivou o aumento da taxa Selic, que foi de 9,5% a 12% ao ano em 12 meses.
Com a Selic é baixa, fica mais "barato" para o consumidor fazer um empréstimo ou comprar a prazo. Se há mais crédito, há mais dívidas. Um levantamento recente aponta que de 2009 para 2010, a renda do brasileiro cresceu 13%, enquanto os gastos subiram 16%. Com isso, 53% das famílias viram suas despesas ultrapassarem a renda.
Números ainda mais fresquinhos descrevem a conjuntura atual. Nos primeiros quatro meses de 2011, a classe mais baixa, que recebe entre 1 e 2,5 salários mínimos, liderou a busca por crédito. Já o Índice de Preços ao Consumidor — Classe 1 (IPC-C1), usado para medir a evolução de preços para essas famílias, registrou inflação de 0,84% em abril, ante a taxa de 0,80% no mês anterior - a taxa acumulada no País em 2010 alcançou 5,91%; para este ano, o BC projeta que este índice fique abaixo de 6,5%, que é o teto da meta.
Hoje, os analistas recomendam que o trabalhador não assuma novas dívidas, já que o crédito está caro. O jeito é esperar que o antídoto contra a inflação surta efeito para que, num segundo momento, as taxas de juros voltem a cair.
Quando os juros sobem, o consumo é inibido, o que desacelera a economia, mas evita que os preços aumentem. A questão é que se constrói um ciclo, pois tanto a inflação quanto o encarecimento do crédito afetam o poder de compra e a capacidade de pagamento. Isso significa maior inadimplência. Em abril, o endividamento chegou a 1,5%, em relação a março. Comparado ao mesmo mês do ano passado, a inadimplência alcançou 17,3%.
Pode até ser um processo chato, mas, para que nada saia do seu controle, é sempre importante ficar atento às taxas de juros e entender quais são as melhores opções para o momento.

0 comentários :

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles