segunda-feira, 11 de abril de 2011

Japão eleva grau de seriedade de acidente nuclear para nível máximo


A agência de segurança nuclear do Japão decidiu elevar o grau de seriedade do acidente nuclear na usina Daiichi, em Fukushima, de cinco para sete - o maior nível na escala internacional -, de acordo com a rede de televisão NHK.

Segundo a NHK, a decisão foi tomada hoje pela Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão. No nível sete, o acidente nuclear japonês torna-se tão grave quanto o desastre nuclear de Chernobyl, na Rússia, em 1986. Antes da nova classificação, ele era comparável ao acidente de Three Mile Island, que aconteceu nos EUA em 1979.

As autoridades da agência e da Comissão de Segurança Nuclear concederão uma entrevista coletiva amanhã para explicar a mudança no grau do acidente.

Mais cedo, a agência local de notícias Kyodo News citou fontes para informar que o governo japonês estudava a elevação do nível de seriedade do acidente nuclear depois de cálculos preliminares da Comissão de Segurança Nuclear do país terem mostrado que a usina Daiichi em determinado momento chegou a emitir até 10 mil terabecquerels de material radioativo por hora.

O presidente da Comissão de Segurança Nuclear do Japão, Haruki Madarame, estimou que a usina liberou por um bom tempo 10 mil terabecquerels por hora e desde então reduziu o nível dessas emissões para 1 terabecquerel por hora.

Outro cálculo preliminar mostrou que a quantidade acumulada de exposição externa à radiação excedeu o limite de 1 milisievert em áreas situadas mais de 60 quilômetros a noroeste da usina e cerca de 40 quilômetros ao sudoeste. Isso engloba as regiões de Fukushima, Date, Soma, Minamisoma e Iwaki.

Japão estenderá área de evacuação para 40 quilômetros

O governo japonês expandirá a zona de evacuação no nordeste do país em virtude da radiação causada pela usina nuclear central de Fukushima, danificada após o terremoto e tsunami ocorridos em 11 de março.

O porta-voz do governo, Yukio Edano, disse nesta segunda-feira que os novos planos de evacuação se aplicarão a localidades como Iitate, a 40 quilômetros da central nuclear, e ao povoado de Minami Soma, onde se tem medido elevados níveis de radiação acumulada.

Até o momento, o governo tem mantido uma área de exclusão de 20 quilômetros em torno da central nuclear, em Fukushima, e recomenda àqueles residentes que se encontram entre 20 e 30 quilômetros da planta, que permaneçam em suas casas ou abandonem a região. (AE)

"As novas regiões dentro do plano de evacuação poderiam acumular 20 milisieverts ou mais de radiação dentro do período de um ano", disse Edano. "Não há necessidade de se evacuar o local imediatamente", salientou o porta-voz do governo. Entretanto, ele frisou que seria desejável que as pessoas deixassem o local dentro de aproximadamente um mês. As informações são da Dow Jones.

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