sexta-feira, 11 de março de 2011

Funcionários da Cavo mantêm greve e lixo se acumula por Curitiba


Funcionários da Cavo, empresa responsável pela coleta de lixo e pela limpeza das ruas de Curitiba, decidiram manter a greve por tempo indeterminado em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (11). De acordo com o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba e Região (Siemaco), os 85 caminhões de coleta da cidade não operam desde a noite de quinta-feira (10). Com isso, já há bastante lixo espalhado pelas ruas centrais da capital.

Segundo a Siemaco, houve duas assembleias com os trabalhadores. Uma foi realizada na noite de quinta-feira (10) e reuniu 350 empregados do turno da noite e outra foi realizada na manhã desta sexta-feira (11), com 600 pessoas. Os serviços de coleta vão ser totalmente paralisados até que a empresa negocie com os funcionários, segundo o sindicato. Os trabalhadores estão reunidos na sede da empresa, nas proximidades do cruzamento da Avenida Getúlio Vargas com Rua João Negrão, onde fazem nova manifestação. De acordo com a Diretoria de Trânsito (Diretran), da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), por volta das 9h30, a pista da direita estava bloqueada. Não havia informações sobre lentidão no local.

Em nota, a Cavo informou que já está tomando as medidas legais cabíveis para garantir a coleta de resíduos na capital. A empresa esclarece que já iniciou as negociações com o sindicato.

Reivindicações

A movimentação para a greve começou depois de o controle acionário da Cavo ter sido vendida para a empresa Estre Ambiental. Os coletores e varredores temem uma possível demissão em massa com a operação. Além dessa possibilidade, negada pela empresa, os funcionários reivindicam 20% de aumento salarial, 50% de aumento nos vales alimentação e refeição e a contratação de mais coletores de lixo por caminhão. A categoria também luta por melhorias nos equipamentos de segurança, redução da jornada de trabalho e manutenção dos direitos já adquiridos.

A prefeitura de Curitiba informou, em nota, que notificou a Cavo na quinta-feira (10) e que a empresa tem 48 horas para regularizar os serviços de coleta domiciliar de lixo sob pena de multa diária de R$ 15 mil, já que o indicativo de greve não foi repassado com 72 horas de antecedência, conforme prevê a lei 7.783/89, que dispõe sobre o exercício de greve.

Em nota, a Cavo Serviços e Saneamento S.A. disse que em nenhum momento os funcionários foram ameaçados e os direitos legais dos colaboradores vão permanecer inalterados. Com relação à venda da Cavo para a Estre, a empresa informou que a operação não altera a rotina e o atendimento à coleta e ao destino final de resíduos da cidade. (GP)

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