domingo, 16 de janeiro de 2011

Número de mortes por inundações e deslizamentos chega a 610 no RJ

EFE

O número de mortos pelas inundações e deslizamentos na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro subiu para 610, segundo o último boletim da Defesa Civil.

De acordo com o último balanço da Defesa Civil, as inundações e principalmente os deslizamentos de terra, que soterraram inúmeros imóveis construídos nas encostas das montanhas, provocaram 274 mortes na cidade de Nova Friburgo, 263 em Teresópolis, 55 em Petrópolis e 18 em Sumidouro.

As autoridades estaduais registram 6.050 desabrigados - aqueles que perderam suas casas - e 7.780 desalojados - os que tiveram de abandonar provisoriamente seus lares devido ao risco de novos deslizamentos.

Os números do que é considerado um dos maiores desastres naturais da história do Brasil podem aumentar ainda mais devido ao fato de ainda haver áreas isoladas às quais as equipes de resgate não chegaram. Além disso, as chuvas não param e os meteorologistas preveem que prosseguirão pelo menos até a próxima quarta-feira.

Nova Friburgo, uma das cidades mais afetadas, foi castigada na tarde deste sábado por um forte temporal do qual não se salvou nem o governador do Rio de Janeiro.

Sérgio Cabral, que havia programado viajar à cidade de helicóptero e teve que ir por terra devido ao mau tempo, disse que seu veículo teve que parar no meio do caminho devido à forte chuva e ao risco de afundamento da estrada, mas acrescentou que nem esse susto lhe permitiu dimensionar a dor da população que perdeu familiares e pertences.

"Não conheço a dimensão exata (da dor das vítimas) porque essas pessoas perderam parentes, casas e tudo o que tinham", acrescentou.

O governador disse que os trabalhos de resgate, conduzidos por cerca de 1.500 bombeiros e aos quais se somaram 506 militares neste sábado, contam com o apoio de 30 aeronaves cedidas por organismos estaduais e federais que estão sendo utilizadas para transportar socorristas e feridos e para resgatar pessoas.

As atividades de socorro se concentram neste sábado em algumas áreas que estavam isoladas e cobertas por toneladas de terra, pedras e lodo, após os deslizamentos da madrugada de quarta-feira passada.

Por conta da tragédia, a presidente Dilma Rousseff declarou três dias de luto nacional, e Cabral decretou sete dias de luto a partir da segunda-feira. EFE

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