quinta-feira, 3 de maio de 2012

Londrina: Cinco membros do grupo do prefeito Barbosa Neto são indiciados por formação de quadrilha e corrupção


Os cinco presos durante as investigações sobre a compra de votos para barrar a Comissão Processante da Centronic foram indiciados pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por formação de quadrilha. O vereador Eloir Valença (PHS) também foi acusado de corrupção passiva e os outros quatro: o ex-servidor público Ludovico Bonato, ex-secretário de Governo Marco Cito, o chefe de gabinete do prefeito, Rogério Ortega, e o diretor de participações da Sercomtel, Alysson de Carvalho, também foram acusados de corrupção ativa. O inquérito será encaminhado à Justiça nesta quinta-feira (3).
Com exceção do vereador, todos os outros indiciados no inquérito estão detidos na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) IIEloir Valença teve a prisão temporária decretada na terça (1), mas passou mal e foi internado no Hospital do Coração, onde permanece até esta quinta.
O esquemaA origem dos R$ 20 mil entregues ao vereadorAmauri Cardoso (PSDB) não foi esclarecida pelo Gaeco. No entanto, o delegado Alan Floreinformou que o dinheiro teria passado pelas mãos de Alysson de Carvalho, Marco Cito e Ludovico Bonato antes de ser levado para Cardoso.

Na entrevista coletiva concedida na tarde desta quinta (3), o delegado Alan Flore explicou o funcionamento do suposto esquema de pagamento de propina aos vereadores. Segundo as investigações, o empresário Ludovico Bonato e o ex-secretário Marco Cito teriam se encontrado no estacionamento da Prefeitura de Londrina.
"Antes do Ludovico [Bonato] entregar o dinheiro ao Amauri [Cardoso], ele passou no estacionamento da Prefeitura e se encontrou com o Marco Cito. Ligou então para o Rogério [Ortega] e foi orientado a aguardar, porque uma pessoa iria até eles para entregar o dinheiro. Essa pessoa, que trouxe o dinheiro, foi o Alysson de Carvalho. Ele entregou o dinheiro para o Marco Cito, e só então o Marco Cito entregou o dinheiro ao Ludovico Bonato", disse o delegado.
De acordo com Flore, essa versão havia sido confirmada pelo vereador Amauri Cardoso no dia do flagrante. "Mesmo não estando no local, o Amauri [Cardoso] nos disse isso no dia da prisão. Informalmente, o [Ludovico] Bonato nos disse isso, mas oficialmente ele ficou em silêncio. Foi um relato espontâneo, que foi coincidente com o do vereador Amauri Cardoso", informou o delegado.
Sobre a origem do dinheiro usado na tentativa de pagamento de propina, o delegado afirmou que "não há uma conclusão." Segundo Flore, existem indicativos, mas não não é possível fazer suposições. O delegado afirmou que as diligências, que ainda estão em curso, podem ser concluídas mesmo depois do fim do inquérito, e certamente vão trazer a origem do dinheiro.
Investigação
A investigação tornou-se pública na terça-feira (24) da semana passada, quando o ex-servidor Ludovico Bonato, amigo de Barbosa, e o ex-secretario Marco Cito, coordenador eleitoral do PDT, foram presos após a entrega de R$ 20 mil para o vereador Amauri Cardoso (PSDB). O esquema de compra de apoio de vereadores para que estes votassem contra a abertura da CP da Centronic era monitorado pelo Gaeco desde a denúncia do vereador, mantida em sigilo.
A Comissão Processante, aprovada pela Câmara de Vereadores, vai apurar o envolvimento do prefeito Barbosa Neto (PDT) no uso de dois vigias pagos com dinheiro da Prefeitura na Rádio Brasil Sul, da qual é dono. (GP)

0 comentários :

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | belt buckles