sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Virada Cultural: A ocupação da cidade pela paz

A Virada Cultural, que começa neste sábado, concentra shows, espetáculos de teatro, exposições, exibições de cinema e outras atividades em 24 horas de programação ininterrupta. Evento faz parte da Corrente Cultural 2011

A Virada Cultural do ano passado correu tão bem, de acordo com os organizadores, que acabou inspirando o tema “Viva a Cultura da Paz” para a edição de 2011. Os mais de 80 locais, concentrados sobretudo no centro de Curitiba, estarão prontos para serem “ocupados” pelos curitibanos, que terão 24 horas de programação ininterrupta, das 11 horas de sábado até as 21 horas de domingo.

Agrupados sob o mote da não violência – em sintonia com o manifesto “Por uma Cultura da Paz e da Não Violência”, da Unesco, e a campanha Paz sem Voz É Medo, do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), do qual a Gazeta do Povo faz parte – estão grandes shows em três palcos principais (nas praças Generoso Marques e Espanha e nas Ruínas do São Francisco) , programação de teatro, aberturas de exposições e sessões de cinema, além de performances, instalações, atividades literárias e apresentações de rua.

Um dos artistas convidados, Jair Rodrigues festeja a variedade de público que costuma ir a shows abertos como os da Virada. “Te­­nho percebido que vão senhores e senhoras e garotas e garotos nos meus shows. A garotada, porque quer conhecer o precursor do rap. ‘Deixa Isso pra Lá’ acabou sendo o primeiro rap no mundo, que lancei em 1964. E os de mais idade querem ouvir ‘Disparada’ e as serestas do meu repertório”, explica o cantor, que garante um show alegre. “Quem me conhece sabe que eu puxo a participação do público, vou para o meio dele”, conta. “Faço uma anarquia danada.”

Programação

A prefeitura espera um público de até 200 mil pessoas em torno da programação dos palcos principais, selecionada em parceria com instituições integrantes da Corrente Cultural – que se estende até o dia 12 de novembro. Participaram das “assembleias” para selecionar a programação o Sesi, que cuidou do Palco das Ruínas, e o Sesc, que se concentrou no Palco Riachuelo. “Apesar de ter curadoria, tudo foi discutido com todo mundo, e foi o maior exemplo de escolha conjunta que já vi acontecendo na prática. Conseguimos fazer a coisa ficar redondinha e, analisando agora, parece que está tudo combinando com cada local”, explica a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Roberta Storelli. Ela explica que, entre as diretrizes para a escolha da programação, estão a diversidade e a priorização de artistas curitibanos. “Mas o próprio cenário local já está vindo de um crescendo muito grande”, completa. (GP)

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