sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Governo Richa prevê gasto 20% maior com segurança, 20% com saúde e 12% com educação em 2012

O governo Beto Richa (PSDB) apresentou ontem a proposta de orçamento para 2012 prevendo au­­­mento de gastos principalmente na área de segurança pública. O valor total a ser repassado para ações de combate ao crime no ano que vem, de acordo com os dados orçamentários parcialmente revelados pela Casa Civil, será de R$ 1,73 bilhão. O número é 20,5% superior ao previsto na Lei Or­­­çamentária de 2011, de R$ 1,43 bilhão.

Além do aumento na segurança, o governo previu também mais dinheiro para outras áreas, na comparação com o orçamento de 2011. Na saúde, por exemplo, a administração Richa afirma que vai gastar 20% mais. E, na educação, o acréscimo orçamentário será de 12% (veja tabela).

No total, o orçamento público do Paraná para 2012 (incluindo o Executivo, Legislativo e Judiciário) é de R$ 27,7 bilhões – cerca de 11% maior do que os R$ 25 bilhões previstos para este ano. O orçamento, entregue ontem à Assem­­­bleia Legislativa, terá de ser votado até dezembro pelos deputados. Eles ainda podem apresentar emendas ao projeto do governo.

Empréstimos

A possibilidade de gastos maiores surge, em parte, pelo fato de o governo estar, pela primeira vez em nove anos, fazendo em­­­préstimos. O governo pretende emprestar R$ 1,7 bilhão de vários bancos (Banco Mundial, Banco Intera­­­mericano de Desenvolvi­­­mento e BNDES). O valor será recebido pelo governo durante os próximos três anos e a primeira parcela chegaria justamente em janeiro do ano que vem.

O discurso do governo é o de que o primeiro ano de governo de Beto Richa teria sido de pouco investimento para poder resolver pendências deixadas pela gestão anterior, de Roberto Requião (PMDB) e Orlando Pessuti (PMDB). Agora, seria hora de começar a aumentar os gastos.

“Para o Paraná, 2012 será o ano da retomada de investimentos. A maior parte deles será para obras estruturais do estado”, disse o chefe da Casa Civil, Durval Amaral (DEM), ao entregar oficialmente o documento ao Legislativo.

Segundo o secretário de Estado da Fazenda, Luiz Carlos Hauly (PSDB), o aumento de gastos para o ano que vem não é contraditório com os balanços apresentados no início da gestão Richa: em abril, o novo governo afirmou que a gestão anterior havia deixado o estado em péssimas condições financeiras, com dívidas imediatas de R$ 1 bilhão. “Trabalhamos para aumentar a receita, reduzimos gastos de custeio e agora temos resultados”, disse Hauly. (GP)



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