sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Setor agrícola vê com cautela novo ministro

Entidades agropecuárias receberam com cautela a nomeação do novo ministro da Agricultura, o deputado Mendes Ribeiro, que não tem um perfil técnico.

Mendes Ribeiro substitui Wagner Rossi, que pediu demissão do cargo após recentes denúncias de irregularidades envolvendo auxiliares próximos além dele mesmo. Rossi é o quarto ministro a deixar o governo em meio a denúncias.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho, também expressou preocupação. "Do ponto de vista da agricultura, (a mudança) é uma tragédia. A Agricultura vai sofrer muito até que ele conheça mais o setor", afirmou.

Na avaliação de Ramalho, o ex-ministro Rossi, que também não tinha um perfil técnico, chegou ao cargo após quase dois anos na Companhia Nacional do Abastecimento, onde pôde tomar conhecimento dos temas.

"Nós, o setor, estamos perplexos porque foi nomeado um ministro que não é da área... Não o conheço. O perfil dele não vem da produção rural", disse Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Estado que está entre os maiores produtores do setor agropecuário do país.

Prado afirmou que primeiro será preciso conhecer e conversar com o novo ministro. "A gente vai ver depois... quando ele tomar as primeiras medidas, depois que ele começar", afirmou.

O tom de cautela fez com que algumas entidades preferissem não fazer comentários sobre o novo ministro.

A Abiove, entidade que reúne a indústria nacional de óleos vegetais, declinou comentar a mudança por não conhecer o ministro "que não vem do setor agrícola".

O Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), também não quis comentar.

Já o presidente da Associação dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, que estava nesta quinta-feira em Brasília, observou que o "importante para nós (da agricultura) é que o novo ministro seja um bom cobrador... que faça o ministério funcionar, especialmente quando se tem problemas na exportação, porque estes não podem esperar". (Reuters)


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