Durante duas audiências públicas realizadas pela Câmara dos deputados, no fim do mês passado, diversos deputados e parentes dos desaparecidos políticos criticaram o Projeto de Lei 7376/10, do Executivo, que institui a Comissão Nacional da Verdade.
Entre as críticas feitas pelos familiares estão a possibilidade de militares participarem do colegiado, o pequeno número de integrantes previstos (sete) e o período histórico analisado pela comissão.
Segundo a vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro, Victória Grabois, a possiblidade de participação de militares é “antiética”, porque a hierarquia das Forças Armadas comprometeria a isenção da investigação. “A comissão deve ser formada por especialistas, parlamentares afetos à questão, professores e pesquisadores. Até poderia ter alguém do governo, mas é muito importante que esse número de sete integrantes seja aumentado, porque eles não teriam nenhuma condição de investigar as mais de 50 mil prisões políticas”, disse.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Familiares de desaparecidos políticos criticam composição da Comissão da Verdade


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