terça-feira, 31 de maio de 2011

Mais um escândalo em Londrina: Compra de empresa envolve CMTU

Ex-procurador Fidélis Canguçu seria sócio de Bruno Valverde, presidente do Instituto Atlântico

O presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), André Nadai, acabou envolvido no suposto esquema de fraudes na saúde. Pela investigações, o Gaeco descobriu a compra de uma empresa de Arapongas por um agente municipal e um representante de uma Oscip. Eles seriam o ex-procurador Fidélis Canguçu e Bruno Valverde, presidente do Instituto Atlântico. Seus advogados disseram que não tinham informação sobre a suposta transação.

Segundo as investigações, cheques no valor de R$ 40 mil foram emitidos por Valverde, mas acabaram sustados após a deflagração da operação. A participação de Nadai não foi revelada. A suspeita é que a empresa Sanecon - da área ambiental, de Arapongas - seria criada para disputar licitações na área de tratamento de chorume e, tal qual os institutos, ser usada para desviar dinheiro.

Com as informações, o Gaeco obteve mandado de busca e apreensão e encontrou na casa de Nadai a quantia de R$ 29 mil. A origem do dinheiro gerou confusão. ‘‘É um dinheiro declarado’’, restringiu-se a afirmar o presidente da companhia. Nadai teria dito que tal valor seria empréstimo do colega Lindomar dos Santos, ex-secretário de Fazenda, que negou repasse e, devido à repercussão do caso, acabou pedindo demissão.

Um interlocutor de Mauro Rodrigues Mello, dono da empresa, disse que o proprietário se sentiu prejudicado com o envolvimento e pedirá reparo de danos.

Desde a deflagração da Operação Antissepsia, em 10 de maio, e a prisão do então procurador jurídico, Fidélis Canguçu, outros cinco membros do primeiro escalão da administração de Barbosa Neto passaram pelo Gaeco: Ana Olympia Dornellas (Saúde), Marco Cito (Gestão Pública), Fábio Passos de Góes (Planejamento), Lindomar dos Santos (Fazenda) e André Nadai (CMTU).

Uma das primeiras a ser ouvida foi a secretária de Saúde, Ana Olympia Dornellas, que negou saber de qualquer esquema de desvio de verbas nos contratos com os dois institutos. Ela também evitou comentar declarações sobre quem mandava na secretaria. ‘‘Só posso dizer que eu sou a secretária de Saúde de fato.’’

O advogado de Ana Olympia, Paulo Nolasko, disse que sua cliente é ‘‘pura e simplesmente auxiliadora das investigações e não investigada’’ e que, segundo ela, ‘‘jamais houve qualquer mando ou imposição’’ da primeira-dama na Secretaria de Saúde.

O próprio prefeito Barbosa Neto admitiu que Ana Laura fazia visitas na Secretaria de Saúde, mas por estar interessada em resolver os problemas da saúde. ‘‘Ela limitava suas ações a visitas a postos de saúde e à secretaria [de Saúde], sem receber nenhum centavo por isso’’, declarou Barbosa após Ana Laura ser citada por Ratto. (Bonde)

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