O líder líbio, Muamar Kadafi, acusou os países ocidentais de criarem um "complô colonialista" contra seu país e descartou negociar com o Conselho Nacional que os rebeldes constituíram em Benghazi, ao qual negou legitimidade e relacionou com a organização terrorismo Al-Qaeda.
Kadafi disse que não negociará com os rebeldes
Em entrevista gravada na noite desta terça-feira em Trípoli e transmitida nesta quarta-feira pela rede de televisão francesa LCI, Kadafi denunciou que os países ocidentais "querem colonizar a Líbia novamente", citando em particular Estados Unidos, Reino Unido e França.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de negociar com o Conselho Nacional, Kadafi soltou uma gargalhada e respondeu que "não há um Conselho Nacional".
O líder líbio também assinalou que os ex-membros de seu Governo que se somaram ao Conselho na verdade "foram retidos pela força" e "ameaçados de morte", de modo que sua única saída foi comprometer-se com os insurgentes.
"Não são livres, são prisioneiros", acrescentou Kadafi antes de negar que combata seu próprio povo: "é uma mentira dos países colonialistas. É um complô colonialista".
Quanto à possibilidade de aplicar sanções contra a França pela atitude que o país europeu adotou com relação ao seu regime, respondeu com um "veremos".
Em outra entrevista, veiculada pela emissora estatal líbia, Gaddafi afirmou que o objetivo do complô é o controle do petróleo do país e acusou os rebeldes de "traição", voltando a afirmar que eles são apoiados pela rede terrorista Al Qaeda.
"Os países colonialistas tramam um complô para humilhar o povo líbio, reduzi-lo à escravidão e controlar o petróleo", disse Gaddafi, segundo o canal líbio, em um discurso na cidade de Zenten, 120 km ao sudoeste de Trípoli. (EFE)
quarta-feira, 9 de março de 2011
Kadafi denuncia complô colonialista e descarta negociar com os rebeldes


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