segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Usuária de drogas mata traficante dentro de ônibus


Usando a arma que lhe foi entregue pelo traficante “para se defender”, Aline Cristina Teska Silva, 20 anos, usuária de drogas, matou o “patrão” com um balaço no peito.

O crime aconteceu no final da tarde de sábado, dentro do ônibus da linha Monte Santo, na Rua São Paulo, em Almirante Tamandaré. Ela estava sentada no último banco do coletivo e levava a filha de 3 anos e a bolsa com algumas peças de roupa, além de pequena quantidade de maconha, cocaína, 12 pedras de crack e R$300, resultado da venda do dia. Diego Fernando de Souza, 21, invadiu o ônibus e a agrediu com uma coronhada. Na reação, a jovem atirou.

Segundo a polícia, Diego era o principal traficante da região e Aline “trabalhava” para ele há pouco mais de um mês, vendendo drogas no varejo, para quitar uma dívida.

Ela estava sendo ameaçada de morte e tinha sido agredida algumas vezes. De acordo com o superintendente Job de Freitas, Aline já tinha avisado em casa que queria mudar de vida, mas precisava sair da região onde morava.

Diego queria que ela quitasse a dívida e entregasse o dinheiro das outras pedras que levava para vender. “O que sabemos é que ele, acompanhado de outros três rapazes, entraram no ônibus. Ele pulou a roleta com uma arma na mão, foi até Aline e deu uma coronhada nela, na frente da filha, que começou a chorar. Quando ele virou, ela apanhou a arma que estava na bolsa e disparou três tiros contra ele.O traficante morreu na hora”, contou Job.

O motorista parou o coletivo e a jovem, com um ferimento na cabeça, desceu carregando a filha aos prantos em um braço e no outro a bolsa. Ela fugia a pé, ainda com a arma do crime na mão.

Um soldado da Polícia Militar, que estava de folga, ouviu os tiros e viu a moça correndo. Foi atrás e conseguiu detê-la.”Ela estava com um ferimento na cabeça, provocado pela coronhada. Foi levada ao pronto socorro e em seguida à delegacia, onde foi atuada por homicídio e tráfico de drogas”, explicou o superintendente.

A arma e as drogas que ela levava na bolsa, bem como o dinheiro foram apreendidos. A filha de Aline foi levada para a casa dos avós paternos. Na delegacia Aline disse que só teve “uma chance’ e não desperdiçou. “Era ele ou eu. Se não tivesse atirado, estaria morta e minha filha órfã”, declarou. Diego era conhecido da polícia, com diversas passagens por delegacias, por diferentes crimes.

Fonte: Paraná online

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