terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Richa diz que enxugamento da máquina vai ajudar a recompor finanças do Estado

O governador Beto Richa disse nesta segunda-feira (7), em entrevista para a rádio BandNews de Curitiba, que o Estado está com a capacidade de investimento e pagamento muito reduzidas e que para reverter essa situação está sendo feito um enxugamento da máquina administrativa. “Vamos apertar o cinto agora para que a população não seja prejudicada com a interrupção de um serviço público ou de obras”, disse o governador.

Richa lembrou que determinou uma redução de gastos com custeio de 15% na administração estadual para 2011. “A partir daí vamos promover as transformações que os paranaenses aguardam a tanto tempo e colocar em prática o nosso plano de governo”, afirmou o governador.

Sobre a suspensão de pagamentos do Estado por 90 dias, adotada nos primeiros dias de governo, Richa explicou que o objetivo é analisar a regularidade dos contratos de serviços, as licitações e todo tipo de despesa que foi contraída pela administração anterior. Conforme é identificada a regularidade da licitação, os aspectos legais e previsões orçamentárias, os pagamentos são liberados.

Restos a pagar - Na entrevista, o governador revelou que já foram identificados R$ 193 milhões em restos a pagar e despesas não previstas no orçamento deste ano pelo governo passado. Cada caso está sendo analisado por um comitê especial porque representam infração da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Estamos apurando com muito zelo a aplicação dos recursos públicos”, disse Richa. “É minha obrigação como gestor público levantar qualquer tipo de irregularidade e oferecer denúncia”, afirmou.

A Educação é a área mais afetada, com R$ 93 milhões em restos a pagar. Na saúde são R$ 64 milhões. Foram identificados ainda R$ 15 milhões em recursos para a atender a Copa do Mundo de 2014 e R$ 18 milhões para Ciência e Tecnologia, além de R$ 2,7 milhões para alimentação de detentos.

Além dos problemas com dívidas e débitos sem a devida correspondência orçamentária, Richa falou que recebeu o estado com uma série de dificuldades e irregularidades. “Muitos órgãos estaduais estavam deteriorados, sem a mínima infraestrutura ou número adequado de técnicos. A Segurança Pública é uma das áreas mais precárias”, disse.

Menos desperdício - O governador disse que além da avaliação do comitê especial, constituído pelos secretários da Fazenda, Administração, Planejamento, Procuradoria Geral do Estado e Casa Civil, para analisar cada secretaria, em breve o Paraná contará com o apoio do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), que vai ajudar a melhorar os gastos públicos. “O Instituto vai ajudar a eliminar desperdícios e gastos supérfluos para que possamos aumentar a capacidade de investimento. Temos que recompor as finanças do Estado do Paraná”, disse Richa.

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